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TENDÊNCIAS

Colheita nos EUA, guerra em Israel. Veja como o mercado da soja vai reagir

Fim do feriado na China é outro ponto de atenção, podendo levar ao maior volume de negócios futuros para entrega em março e abril

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Foto: Envato

Acompanhe os principais fatos que marcaram o mercado da soja na semana passada e o que esperar dos próximos dias. A análise é da plataforma Grão Direto:

  • Colheita norte-americana: de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a colheita de soja norte-americana segue avançando acima da média de 5 anos, exercendo pressão de baixa em Chicago.
  • Dólar em alta: com foco na taxa de juros norte-americana, o dólar foi fator de forte influência na precificação da soja no Brasil. A semana fechou com 2,58% de alta, com a moeda a R$ 5,16 após quase sete meses. O movimento foi desencadeado por número três vezes maior que o esperado de Payroll.
  • Plantio brasileiro: após o fim do vazio sanitário em vários estados, chuvas bem distribuídas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste favoreceram o início e avanço do plantio.

Em Chicago, o contrato de soja para novembro/23 fechou mais uma semana no campo negativo, sendo cotado a US$ 12,64 o bushel (-0,86%). Já o contrato com vencimento para março/24 encerrou a semana a US$ 12,97 (-0,99%).

No Brasil, o movimento não foi acompanhado. Em função do dólar, a soja brasileira subiu no mercado físico em relação à semana retrasada em diversas regiões.

O que esperar do mercado de soja?

Fechamento da soja. Foto: Daniel Popov/ Canal Rural
  • Fim do feriado na China: nesta semana, teremos a volta do maior comprador da soja brasileira. Poderá-se notar, em consequência disto, volume maior de negócios futuros para entrega em março e abril.
  • Evolução do plantio no Brasil: clima quente e seco está previsto para grande parte do Brasil e deverá impulsionar o progresso do plantio de soja. Os mapas meteorológicos indicam padrões climáticos de umidade altamente benéficos para os estados do Centro-Oeste. Na contramão dessa realidade, o Rio Grande do Sul pode passar pelo desafio do alto volume de chuvas. Os números atuais estão consideravelmente acima da média histórica.
  • Lavouras norte-americanas: a seca tem ganhado força nas regiões produtoras dos EUA. O cinturão produtor está com um dos níveis de sequidão mais altos dos últimos tempos para essa época do ano. De um lado poderá-se notar avanço na colheita, mas de outro piora ou manutenção nas condições boas e excelentes da soja.
  • Semana de Wasde: com o avanço da colheita norte-americana, o que deve ser alterado em relação ao último relatório é a diminuição das exportações e aumento dos estoques.
  • Macroeconomia: o dólar tende a começar a semana em alta, dando continuidade ao movimento iniciado com mais força após o relatório payroll na última sexta-feira (6). Além dos títulos norte-americanos estarem sendo negociados em patamares pré-crise do subprime, no último sábado (7), o Hamas iniciou ataques contra Israel, fortalecendo a aversão ao risco e o cenário de incertezas. Uma segunda consequência do conflito poderá ser a possível alta no preço do petróleo.

Perante os fatos apresentados, a soja em Chicago poderá ter uma semana positiva, com o mercado físico brasileiro seguindo a mesma tendência, com influência tanto de Chicago quanto do dólar.

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