O que esperar do mercado de soja para esta semana? Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

PRODUTOR, FIQUE LIGADO!

O que esperar do mercado de soja para esta semana?

Ritmo de plantio, clima, colheita nos Estados Unidos, preços da soja disponível e futura e câmbio são alguns dos destaques

soja brasil, argentina, estados unidos
Foto: Montagem Canal Rural

O analista de mercado da Grão Direto, Danyllo Denner, destaca abaixo os principais fatores que mexeram com o mercado da soja na última semana e, em seguida, as perspectivas para o curto prazo.

Fatos que marcaram a semana da soja

  • Exportações norte-americanas: as vendas de soja dos Estados Unidos se mostraram abaixo do esperado. No mesmo cenário, o Brasil segue mais barato mesmo com a colheita avançando em solo norte-americano.
  • Rio Mississipi: clima quente com falta de chuvas nos Estados Unidos têm reduzido os níveis de água do rio Mississippi e encarecido o frete. Esse é um fator que tem deixado a soja americana mais cara que a brasileira.
  • Colheita EUA: com avanço da colheita em 5% apontado na última semana, os Estados Unidos estão com colheita 1% à frente da média histórica para o período.
  • Taxas de juros: o Copom reduziu a taxa Selic em 0,5%, enquanto o FED manteve a taxa de juros norte-americana (entre 5,25% e 5,50%). Tudo dentro da expectativa do mercado.
  • Dólar sobe: o movimento ocorreu após o FED sinalizar que as altas taxas devem permanecer por mais tempo. Foi 1,03% de alta, fechando a R$ 4,93.
  • Chicago: o contrato de soja para novembro/23 fechou mais uma semana com desvalorização. Dessa vez, a baixa foi considerável, sendo cotado a U$ 12,95 o bushel (-3,21%). Já o contrato com vencimento para março/24 encerrou a semana a U$ 13,24 (-2,86%). Acompanhando essa desvalorização, a soja brasileira recuou no mercado físico em relação à semana passada.

O que esperar do mercado?

  • Plantio de soja no Brasil: o clima quente pode atrapalhar o avanço do plantio nas próximas semanas, mas aos primeiros sinais de chuvas o avanço da área fortalece o ritmo.
  • Condições climáticas: mapas climáticos apontam o início de um ciclone no sul do país, que levanta preocupações sobre o volume de chuva. Rio Grande do Sul e Santa Catarina são os principais afetados. Isso certamente pode impactar o avanço no plantio da soja. Para o restante do país, o que era de se esperar com o El Niño tem se confirmado: poucas chuvas no Norte e Nordeste do país, algumas chuvas localizadas no Centro-Oeste e altas temperaturas para todos os estados.
  • Colheita EUA: com a colheita mais avançada que a média histórica, final de setembro e início de outubro são marcados pela aceleração nos trabalhos. Caso não haja vendas reportadas, acompanhando o baixo ritmo da última semana, a entrada da oleaginosa no mercado interno poderá derrubar de forma mais rápida as cotações em Chicago.
  • Exportações: com o ritmo reduzido das exportações norte-americanas e soja mais barata no Brasil, a expectativa de exportação de 100 milhões de toneladas pelo Brasil este ano se fortalece.
  • Dólar: esta poderá ser uma semana de indecisão para o dólar, marcada pela lateralização nas cotações. Por um lado, o Brasil pode sofrer com o encarecimento do frete e, por consequência, aumentar a inflação, puxando o dólar para cima. Por outro lado, o apetite por ativos de risco tem ganhado força e isso reforça pressões baixistas.

Perante os fatos apresentados, a soja em Chicago poderá apresentar mais uma semana negativa, com o mercado físico brasileiro seguindo a mesma tendência.

Sair da versão mobile