Região de Bandeirantes (PR) deve apresentar quebra de até 60% | Canal Rural Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Região de Bandeirantes (PR) deve apresentar quebra de até 60%

Região possui 60 mil hectares e engloba cinco municípios; Aprosoja-PR prevê produção inferior a 17 mi toneladas

Fernanda Farias | Bandeirantes (PR)

O Paraná deve reduzir em 15% a produtividade da safra de soja. A produção deve ser menor que a inicial, estimada em 17 milhões de toneladas. A cidade de Bandeirantes, uma das mais atingidas pela estiagem, pode registrar quebra de até 60%.

• Adubação por sistema garante economia e melhora produtividade

O agricultor Fernando Nunes começou o plantio dos 800 hectares que tem no município de Goioerê em outubro. Assim, a estiagem de dezembro ocorreu durante o pré-florescimento da soja, o que não afetou a produtividade.

– O plantio de outubro tem estabilidade maior, a gente consegue expressar todo potencial produtivo da nossa lavoura. A expectativa é colher de 60 a 65 sacas por hectare – explica.

Mas esse resultado não é encontrado na maioria das lavouras do Paraná. Por conta da estiagem, a Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja-PR) afirma que o Estado não irá colher 17 milhões de toneladas.

– Como no norte, que sofreu com a fatal de chuva, o oeste e noroeste plantou após o vazio sanitário. Tivemos problemas hídricos em novembro, pegou essas lavouras em fase crítica. Por isso, nós acreditamos que de 12% a 15% a safra será menor. Eu acredito que fique em torno de 15 milhões de toneladas – afirma José Sismeiro, presidente da Aprosoja-PR.

Bandeirantes é uma das regiões mais afetadas pela estiagem. Tradicionalmente, aqui é onde menos chove no Paraná. Mas, neste ano, a situação foi mais crítica. Dos 150 milímetros previstos para o mês, até agora choveu apenas 30 mm. Por isso, a quebra de produção, que hoje é estimada em 30% pode ser ainda maior.

– Tem lavouras que nós já estimamos uma perda de 100%. Na média dentro da nossa região de atuação, calculamos em torno de 30%, mas essa perda pode chegar a 60%. Historicamente, dentro da minha vida profissional, eu nunca vi uma perda tão grande na cultura da soja como neste ano – explica o coordenador técnico da Cooperativa Integrada, Vauler Furtado.

A área de 60 mil hectares inclui outros cinco municípios. Além de Bandeirantes, Ribeirão do Pinhal, Abatia, Santa Amélia, Andirá e Tambaraca, onde Vitório Venturini cultiva soja em 250 hectares há 20 anos. O custo de produção não será coberto e o rendimento deverá ser inferior a 20 sacas por hectare.

– A condição da lavoura é a pior que eu já tive até hoje. A quebra continua sendo exponencial. Cada dia que passa a perda é pior. Essa perda só vai cessar quando chover ou quando a planta realmente entrar em colapso e morrer definitivamente – comenta Venturini.

Clique aqui e veja o vídeo da reportagem.

>>> Veja mais notícias sobre soja

Sair da versão mobile