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Soja Brasil

Sem chuvas, produtor de Maringá (PR) teme perder sementes de soja

Com mais de 30 dias sem chuvas na região, nenhum produtor conseguiu lançar as sementes no solo. O problema é que elas estão armazenadas sob forte calor

No Paraná, a falta de chuvas regulares tem sido um entrave para os produtores iniciarem o plantio da soja. Em Maringá, no noroeste do estado, o atraso de quase 30 dias para a semeadura está deixando um produtor em uma situação dramática. Além do risco de comprometer a safrinha de milho, ele pode perder toda semente comprada há uma semana.

O vazio sanitário já terminou há mais de um mês no estado. Mas poucas propriedades conseguiram iniciar os trabalhos de semeadura. Segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), apenas 8% da área do estado foi semeada com soja até o momento.

Em Maringá a situação é ainda pior, pois estima-se que nada foi plantado até agora, afirma o Deral. Na fazenda do produtor Marco Bruschi, os 170 hectares para a soja estão prontos para serem semeados, mas com mais de 60 dias sem chuvas significativas, a única saída é esperar a chegada das instabilidades para semear. Para piorar os termômetros marcaram 40 °C nos últimos dias.

“Está seco e quente. No ano passado nessa época estava tudo plantado. O problema é que as sementes chegaram há uma semana e permanecem no caminhão ou acondicionadas no galpão, sob esse forte calor e com pouca ventilação”, conta Bruschi.

Segundo a Embrapa o produtor deve evitar armazenar a soja em locais sem a ventilação e temperaturas adequadas.

“Isso não é recomendado se fazer nem sobre estrados de madeira, cadeiras ou sob lonas pretas, pois ela absorve calor e isso é inadequado para guardar as sementes”, diz o pesquisador da Embrapa Francisco Krzyzanowski.

Produtor Marco Bruschi mostra a terra seca. Foto: Antonio Petrin

O produtor gastou pelo menos R$ 320 mil com a compra das sementes, e agora, além de correr o risco em perder todo esse dinheiro se elas não forem plantadas nos próximos dias, esse atraso na semeadura provavelmente irá comprometer a segunda safra

“O atraso no plantio da soja causa um prejuízo ainda maior. Vai comprometer a produtividade da safrinha, afirma o engenheiro agrônomo Leandro Guedes.

Área do produtor Marco Bruschi, em Maringá. Foto: Antonio Petrin

O produtor não vai arriscar e seguirá a previsão do tempo. Por enquanto ele pretende plantar a soja a partir dia 18 de outubro, depois de uma primeira pancada de chuva que viu na previsão. E torce para que a partir do dia 25, o volume de água venha realmente maior e mais regular.

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