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ESPECIAL

Vai um café? Tradição na produção cafeeira é preservada em Bragança Paulista (SP)

Cidade empenha-se em manter viva a tradição na cafeicultura, unindo diferentes gerações em um projeto que destaca a importância dessa atividade para a construção da identidade bragantina

No segundo capítulo da série “Vai um Café?“, destaque para a produção cafeeira do município de Bragança Paulista, no interior de São Paulo. Com uma história que remonta a 200 anos na produção de cafés, a cidade empenha-se em manter viva a tradição na cafeicultura, unindo diferentes gerações em um projeto que destaca a importância dessa atividade para a construção da identidade bragantina.

A colheita de café arábica da safra 23/24 está concluída nas principais regiões produtoras do país. Em São Paulo, a produção estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deve atingir 5 milhões de sacas, revelando um crescimento notável de 14,7% em comparação com a temporada passada. Mesmo em ano de bienalidade negativa, o resultado é expressivo.

Bragança Paulista, conhecida por liderar a produção de cafés especiais nas décadas de 60 e 70, teve papel fundamental no desenvolvimento social e econômico ao longo do tempo graças à cafeicultura. A Fazenda Caetê, marco do progresso regional, oferece a oportunidade de explorar parte dessa história que se iniciou no século XIX.

José Oscar Cintra, presidente da Associação de Cafeicultores de Bragança Paulista (ACBP), destaca o investimento significativo do proprietário da Fazenda Caetê, ressaltando-a como uma das maiores.

Entretanto, apesar da tradição e da importância da cafeicultura no desenvolvimento regional, produtores expressam preocupação com o déficit de mão-de-obra nos cafezais. José Oscar Cintra ressalta a necessidade de estratégias para a continuidade na cafeicultura, tanto na fase de produção quanto na pós-colheita.

Assim como nas lavouras, a preservação da história requer dedicação. Em Bragança Paulista, diferentes gerações uniram-se para valorizar a história bragantina e o processo de produção do café com a criação da Rota do Café.

A Rota do Café não apenas revisita o passado em propriedades como a Fazenda Caetê, mas também convida os visitantes a conhecer de perto a produção dos grãos especiais. Joannes Roosdorp, um holandês radicado na região desde 1974, depois da aposentadoria da indústria eletrônica, dedica-se à produção de café há oito anos.

Seu café é comercializado na cafeteria de Gilberto Miotta, um barista que herdou do avô a paixão pela cafeicultura. Gilberto, fundador do “Seo Lilo”, em parceria com a Associação de Cafeicultores de Bragança Paulista, idealizou a Rota do Café, garantindo a qualidade e a identidade cultural dos grãos da região. A união de diferentes gerações e o compromisso com a tradição fazem da Rota do Café um projeto que vai além do cultivo de grãos, é uma celebração da história e da identidade bragantina.

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