Faep quer reverter suspensão de registros do glifosato

Agricultura

Faep quer reverter suspensão de registros do glifosato

Federação do Paraná pediu ao Ministério da Agricultura ação urgente para contornar medida de juíza federal de Brasília que barrou o comércio e uso do agroquímico

Foto: Formad/divulgação

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Paraná (Faep) enviou nesta terça-feira, dia 7, ao Ministério da Agricultura um ofício em que pede uma ação judicial urgente para reverter a suspensão do comércio e uso de agroquímicos à base de glifosato, abamectina e tiram.

Na última sexta-feira, 3, a juíza federal substituta Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Distrito Federal, decidiu suspender os registros e o uso de agroquímicos à base dos ingredientes ativos em questão até que seja concluído um processo de reavaliação toxicológica.

O presidente da Faep, Ágide Meneguette, enfatiza que a medida vem às vésperas do plantio da safra de verão e que os agroquímicos são indispensáveis para o plantio de grandes safras, como a da soja. Meneguette aponta ainda que toda reavaliação de produtos é uma medida correta, mas que o procedimento não pode comprometer a agricultura brasileira.

“Caso vingue a decisão daquele juízo, o país sofrerá um grande prejuízo em face da importância dos produtos agrícolas cuja produção dependem em parte da aplicação dos mencionados defensivos”, alerta o presidente.

A decisão da juíza federal concede prazo de até 30 dias para o Ministério da Agricultura providenciar os trâmites da suspensão dos registros de todos os produtos que utilizem glifosato, abamectina e tiram. Até que haja esse posicionamento do Ministério, a venda e uso desses produtos continua.

“Somente após a publicação da suspensão dos registros em Diário Oficial da União (DOU), tais produtos se tornam irregulares e seu comércio e utilização está sujeita às penas da lei. Ressalta-se que a decisão é passível de recurso, portanto pode ser revista”, informa a entidade em comunicado.

Segundo a Faep, a decisão judicial também prevê a suspensão da concessão de novos registros. Ou seja, essa medida vale para empresas que quiserem obter novas licenças para comercialização de produtos a base dos ingredientes ativos mencionados. Nesse caso, os efeitos seriam imediatos.

Nesta quarta-feira, dia 8, a assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura confirmou a informação de que a Advocacia-Geral da União (AGU) já está preparando um recurso contra da decisão juíza federal substituta Luciana Raquel Tolentino de Moura. A notícia foi dada pelo ministro Blairo Maggi ao jornal Valor Econômico.

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