'Não quero botar pressão sobre ninguém, mas vamos ter de cortar despesas', diz Lira

REFORMAS

'Não quero botar pressão sobre ninguém, mas vamos ter de cortar despesas', diz Lira

'Se não podemos aumentar impostos, temos de cortar despesas", acrescentou o presidente da Câmara em evento em São Paulo

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu nesta segunda-feira (21) o retorno da reforma administrativa à agenda legislativa, após a casa enviar a reforma tributária ao Senado. “Não quero botar pressão sobre ninguém, mas vamos ter de cortar despesas”, declarou Lira durante debate sobre a reforma tributária na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

“Vamos ter de discutir despesas. Se não podemos aumentar impostos, temos de cortar despesas”, acrescentou o deputado.

A empresários da indústria paulista, Lira disse que a Câmara vai precisar de apoio tanto interno quanto externo para levar adiante a reforma na administração pública que, lembrou, já foi votada em comissão especial. Nesse ponto, pediu para o governo voltar a se debruçar sobre a reforma administrativa em algum momento.

O parlamentar sustentou que o objetivo da reforma administrativa é controlar a evolução das despesas públicas, mas sem mexer nos direitos adquiridos.

Citando matérias estruturais aprovadas nos últimos anos, como a reforma da Previdência, a privatização da Eletrobras, a autonomia do Banco Central (BC) e os marcos de saneamento e da cabotagem, Lira frisou que o Congresso tem dado demonstrações inequívocas de seu compromisso com matérias de interesse do Brasil.

A respeito da reforma tributária, tema central do debate, o presidente da Câmara manifestou a expectativa de aprovação final da proposta de emenda constitucional até o fim do ano, de modo que o Legislativo possa voltar a se dedicar a questões infraconstitucionais.

Lira pontuou que as mudanças no sistema tributário aprovadas na Câmara foram construídas em conjunto com o governo, via ministério da Fazenda, e líderes partidários. Também aproveitou a passagem por São Paulo para agradecer pelo apoio dado pelo governador do estado, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), para viabilizar o acordo que permitiu a votação da matéria.

“O governador compreendeu que seu estado não vai perder com a reforma tributária, entendeu que São Paulo é estado que mais produz, mas também o que mais consome”, observou Lira, referindo-se à migração da cobrança de impostos, prevista na reforma tributária, da origem, onde um bem é produzido, para o destino, onde o produto é consumido.

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