'Agronegócio precisa de segurança jurídica', diz presidente da SRB

Economia

'Agronegócio brasileiro precisa de segurança jurídica para trabalhar', diz presidente da SRB

No último ano como presidente da Sociedade Rural Brasileira, Teka Vendramini defende a participação das mulheres no agronegócio nacional

No último ano à frente da Sociedade Rural Brasileira (SRB), a pecuarista e socióloga Teresa Vendramini, foi a entrevistada desta semana do Canal Rural Entrevista.

Na conversa, Teka, que foi eleita 2020, falou sobre a crise de oferta e demanda provocada pela Covid-19, a estiagem, a guerra na Ucrânia, a crise dos fertilizantes e outros desafios do agronegócio brasileiro.

Na entrevista, a pecuarista fez um breve balanço da gestão e falou sobre os desafios da entidade para o futuro.

Segundo Teresa Vendramini, uma das questões mais relevantes é a regularização fundiária.

“Nós entendemos que o atual governo fez muito nesta questão, mas o Brasil é gigantesco. O agronegócio brasileiro precisa de segurança jurídica para trabalhar. E nós atuamos muito nesta questão. Defendemos o nosso Código Florestal, atuamos na questão indígena no Congresso e no Supremo. E defendemos a simplificação regularização ambiental. Atualmente, muitos produtores, especialmente os pequenos, esbarram em problemas pequenos, mas que inviabilizam a produção”, afirma.

Teka também fez questão de ressaltar a sustentabilidade da produção rural brasileira.

“Agronegócio é sustentabilidade, não tem como o produtor rural fugir desta questão. Na última COP, por exemplo, o Brasil assumiu uma série de compromissos como desmatamento zero e a descarbonização. E são compromissos que vamos ter que cumprir. E eu não tenho dúvidas que vamos cumprir. O produtor rural brasil é consciente. O que precisamos agora é levar conectividade e tecnologia para que ele caminhe”, diz.

Para a presidente da SRB, o grande e médio produtor têm recursos e informações necessárias para ser totalmente sustentável, mas 80% dos produtores ainda precisam de assistência. “Por isso a informação é fundamental, a tecnologia é fundamental. E para ela chegar, é preciso conectividade”, defende.

Mulher no agronegócio

Primeira mulher a presidir a Sociedade Rural Brasileira, entidade fundada 1919, Teresa Vendramini espera que o ‘Dia da Mulher’, celebrado em 8 de março, não seja tão comemorado daqui alguns anos.

“Espero que seja habitual ter uma mulher numa posição de destaque. E será. As meninas que estão vindo, que estão se organizando, estão muito mais preparadas que as mulheres da minha geração. Espero que elas assumam com mais consistência”, diz.

“Eu espero que a minha passagem pela presidência da SRB tenha inspirado muitas mulheres no Brasil, no sentido de que é possível. Durante a minha gestão, estive em muitas reuniões em que eu era a única mulher. E esse é um legado que eu quero deixar, de que é possível falarmos, agirmos, trabalharmos, influenciarmos, com igualdade, com a mesma capacidade, sem distinção”, complementa.

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