Ligados & Integrados

Mistura, moagem e dosagem: conheça os procedimentos de fabricação da ração

Além de nutritiva, alimentação dos animais deve ter consistência homogênea para facilitar a digestão

Mistura, moagem e dosagem: conheça os procedimentos de fabricação da ração

Assim como escolhemos muito bem nossos alimentos, os criadores de animais também são bastante criteriosos. É comum encontrar quem ainda acredite que, nas indústrias, basta moer milho e misturar com farelo para produzir o alimento de frangos e suínos. Não que essas pessoas estejam totalmente equivocadas, porém, o conceito da produção de rações vai muito além. Hoje em dia, os modelos de fabricação estão mais modernos e atendem às premissas de bem estar animal e às questões econômicas, já que cada grama de conversão alimentar impacta diretamente nos ganhos do produtor ao final do lote. As indústrias investem em tecnologia, equipamentos sofisticados, laboratórios muito bem estruturados e colaboradores altamente qualificadas em todos os setores da produção. As fábricas são higienizadas constantemente para entregar rações de qualidade e garantir segurança alimentar. 

A mistura dos ingredientes consiste em homogeneizar determinada receita ou fórmula de ração. Parece simples, porém, alguns detalhes devem ser observados nessa que é uma das mais importantes etapas no processo de fabricação. São eles: tempo de mistura;  aterramento do misturador; vazamento de comportas superiores e inferiores; resíduo de fundo entre uma batida e outra no próprio misturador; e, por fim, a validação da qualidade da mistura através do Coeficiente de Variação (CV), que são testes feitos de forma periódica conforme a necessidade de cada fábrica de ração. 

Já na moagem das matérias primas, os grão inteiros, o milho ou farelo que chegam à fábrica são transformados em pequenas partículas que tornam a ração mais fácil de ser digerida, melhorando o aproveitamento e a absorção dos nutrientes no organismo dos animais. As partículas devem estar muito próximas umas das outras, e não pode haver uma fina e outra grossa. No processo, são controlados o Desvio Geométrico Médio (DGM) e o Desvio Padrão Geométrico (DPG) através da integridade dos martelos e das das peneiras. Se for necessário produzir uma ração que exige moagem mais fina, é utilizada uma peneira com coação menor. Se for uma ração com moagem mais grossa, a peneira do moinho é trocada para atender à especificidade. São realizadas inspeções uma vez por turno para identificar se há possíveis vazamentos entre as peneiras ou presença de corpo estranho, como ferro ou outro objeto, que possa danificar os equipamentos e interferir na integridade da moagem.

Por fim, a dosagem consiste em conferir se o produto está no silo desejado, ou seja: deve haver o ensilamento correto da matéria prima. É preciso realizar a aferição das balanças de dosagem e observar se estão calibradas. São procedimentos cruciais e complexos que não podem falhar para não comprometer as próximas etapas do processo. As boas práticas de fabricação devem ser respeitadas para garantir o fornecimento do melhor alimento às aves e aos suínos.