Nova espécie de cigarrinha do milho é identificada no Paraná Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

CONTROLE DE PRAGA

Nova espécie de cigarrinha do milho é identificada no Paraná

Pelo potencial de transmissão do vírus que carrega no corpo, a perda de lavoura do milho pode chegar de 20% a 30%

cigarrinha-credito-emrapa
Foto: Embrapa

Pesquisadores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) identificaram uma nova espécie de cigarrinha do milho no Paraná. A cigarrinha africana (Leptodelphax maculigera), como é chamada, se alimenta de culturas do milho e gramíneas, o que pode causar prejuízos nas lavouras.

A descoberta foi feita em agosto deste ano, em plantações de milho dos Campos Gerais e do norte do estado. A espécie já havia sido identificada em Goiás e Rio Grande do Sul, mas este é o primeiro registro oficial no Paraná.

A comprovação da presença do inseto indica que mais locais já estão afetados. “Provavelmente, a espécie já deve estar em todo o território brasileiro”, adverte o professor Orcial Bortolotto, coordenador da Fazenda Escola Capão da Onça (Fescon-UEPG).

Atualmente, a cigarrinha africana é conhecido pelo potencial da transmissão do enfezamento fitoplasma (infecção da planta por bactérias) e do vírus da risca (que reduz a produção de grãos). “Ainda faltam estudos adicionais para de fato comprovar a capacidade deste inseto em transmitir doenças”, explica Orcial.

Medidas de controle

Em setembro, a safra de milho está em sua fase inicial. Segundo Orcial, é se extrema importância que produtores realizem o monitoramento da lavoura e a presença de insetos. “É importante que os produtores coloquem armadilhas nas lavouras para monitorar a chegada de cigarrinhas no campo”, diz.

Algumas das estratégias de controle são a padronização do calendário de plantio, a escolha de materiais híbridos ou tolerantes ao enfezamento e combinação de inseticidas químicos ou biológicos.

Perdas de até 30%

Pelo potencial de transmissão do vírus que carrega no corpo, a perda de lavoura do milho pode chegar de 20% a 30%. “É necessário ainda que se faça um trabalho complementar com esses insetos infectados. Isso acaba trazendo algumas preocupações para os produtores”, alerta o professor.

Sair da versão mobile