EUA, Índia, Tailândia? Saiba de onde virá o arroz importado pelo Brasil Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Arroz

EUA, Índia, Tailândia? Saiba de onde virá o arroz importado pelo Brasil

Segundo a indústria brasileira, já existe cerca de 200 mil toneladas de arroz com destino ao Brasil; a expectativa é que as exportações criem um teto de preços no mercado interno

O governo federal decidiu zerar a taxa de importação para o arroz vindo de fora do Mercosul, com objetivo de aumentar a oferta do cereal e contribuir para redução dos preços. No entanto, mesmo antes dessa definição, a indústria já se movimentou e encomendou cerca de 200 mil toneladas vindas de outros países.

“A Abiarroz – Associação Brasileira da Indústria do Arroz – acionou o ministério da Agricultura há três semanas em um cenário em que havia muita restrição de oferta do produto por parte do produtor, com preços elevados e alta de 30% em um mês. A indústria tinha perdido a referência de preço para comercializar com o varejo e já começou a se mobilizar para conseguir matéria prima de terceiros países. Já era uma realidade essa necessidade, pois ela precisava se manter abastecida para manter suas marcas no mercado”, disse Andressa Silva, diretora-executiva da Abiarroz.

Segundo ela, existe em trânsito cerca de 150 a 200 mil toneladas de arroz vindos da Ásia, sobretudo da Índia, além dos EUA e Guiana. Esse produto iria entrar no mercado brasileiro mesmo com a tarifa de importação, mas como o tributo é aplicado ao desembarcar, esse arroz chegará um pouco mais barato do que era o esperado.

Apesar disso, diz Andressa, não será um produto barato por causa da cotação do dólar. “Esse arroz chegaria aqui onerado da TEC de 10% a 12%, dependendo se for arroz de casca ou beneficiado. Então, deve chegar exonerado no final de outubro a novembro, mas ainda com valor elevado, pois o dólar está muito alto. Não haverá de imediato uma baixa de preço, mas a gente acredita que será estabelecido um teto”, informou.

Segundo ela, esse arroz já aguardado foi encomendado pela indústria de três estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. “Existem esses três países com volume em trânsito, mas não sabemos se será necessário um volume maior, já que a medida estabelece isenção para 400 mil toneladas”, completou.

O Canal Rural também conversou com fontes dentro do Ministério da Agricultura, que também citaram como principais países a Índia e os Estados Unidos, além da Tailândia. Segundo Andressa Silva, não há mercadoria em curso vindo da Tailândia, mas esse também é um mercado em potencial.

Falta de arroz também no Mercosul

Já o Coordenador-Geral de Atração de Investimentos Estrangeiros e Cooperação Internacional do Ministério da Agricultura, Luiz Claudio Caruso, disse que recebeu informações de importadores de que as melhores opções para importação para o Brasil sempre foram o Uruguai para as indústrias do Sul e Paraguai, para empresas do Sudeste.

No entanto, com o desabastecimento desses fornecedores causados pela alta do dólar, as melhores opções passaram a ser países da Ásia, como Índia e Paquistão, principalmente para arroz parboilizado beneficiado.”Para o arroz branco, há opções mais próximas, como Guiana e EUA, sendo que Guiana possui uma safra pequena e está bastante comprometida com Panamá e México”, disse.

Com isso, segundo Caruso, os importadores informaram que a opção que se torna a mais atraente são realmente os Estados Unidos, já que o produto pode pode vir em navios graneleiros e em casca para o produto ser beneficiado no Brasil, mantendo ativas as industrias locais.

Sair da versão mobile