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Instituto avalia uso de palha de cana-de-açúcar para gerar energia

Pesquisadores afirmam que o subproduto tem o mesmo potencial energético do bagaço, mas tem sido descartado ou queimado, o que pode gerar gases poluentes

cana sendo colhida
Foto: Neide Makiko/Embrapa Informática Agropecuária

Com o objetivo de auxiliar a indústria sucroalcooleira no reaproveitamento da palha da cana-de-açúcar, pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) estudam a utilização do subproduto para gerar energia elétrica. O potencial, segundo a entidade, é bastante similar ao do bagaço, mas usinas têm apenas descartado no campo ou queimado esse produto.

Apesar do conteúdo energético similar ao do bagaço, a palha da planta apresenta um teor de cloro entre 0,1% e 0,7% de sua composição contra apenas 0,02% do bagaço. Isso pode propiciar a formação do ácido clorídrico (HCl), por exemplo, e corroer as tubulações de vapor utilizadas durante a combustão. “Além disso, a combustão também pode gerar a emissão de poluentes atmosféricos como gases ácidos, dioxinas e furanos”, explica Ademar Hakuo Ushima, pesquisador do Laboratório de Engenharia Térmica do IPT.

Para dar início a uma nova fase do estudo em 2019, após o fim da etapa de revisão bibliográfica, o IPT instalou dois equipamentos em escala laboratorial que avaliam o rendimento energético e também a emissão de poluentes gerada nos processos de pirólise, combustão e gaseificação em resíduos agrícolas.

Através desses equipamentos e com a compreensão dos mecanismos de formação de produtos clorados no reaproveitamento da palha de cana-de-açúcar, espera-se encontrar soluções para os problemas de corrosão intensa observados nos reatores e nos sistemas de limpeza de gases que utilizam esse tipo de matéria-prima. “O objetivo é dar suporte técnico ao setor sucroalcooleiro do estado e desenvolver novas tecnologias para o aproveitamento energético de resíduos”, finaliza o pesquisador.

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