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Agricultura

Exportações de suco de laranja recuam em volume, mas receita cresce 9%

Recuo no volume exportado tem impacto das secas e geadas, que dificultaram a oferta para o mercado externo, diz CitrusBR

Os embarques totais de suco de laranja brasileiro (FCOJ Equivalente a 66º Brix), no período de julho a fevereiro, que marca os primeiros oito primeiros meses da safra 2021/2022, fechou com um volume total de 658.448 toneladas. O número representa uma leve queda de 1,02% em relação ao mesmo período da safra passada, quando foram exportadas 665.220 toneladas. Já em faturamento, as exportações somaram US$ 1,067 bilhão no período, volume 9,24% acima da receita de US$ 976,8 milhões registrada entre julho e fevereiro de 2020. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e compilados pela CitrusBR. O resultado está em linha com divulgação realizada pela CitrusBR em fevereiro passado em que apontava dificuldade do setor em atender à demanda internacional devido aos efeitos das secas e geadas.

Os dados das exportações mostram um cenário de perda de espaço do suco de laranja brasileiro no mercado americano. Os embarques registraram queda de 3% com volume de 131.732 toneladas, enquanto no mesmo período na safra 2020/2021 o volume era de 135.817 toneladas. Em receita, as exportações somaram US$ 227 milhões, alta de 12.65% ante os US$ 201,5 milhões registrados na safra passada. “Os dados nos mostram como nos últimos anos o suco de laranja brasileiro tem perdido competitividade no mercado americano”, analisa o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto. Entre as principais razões para a perda de espaço naquele mercado está a concorrência do suco do México que acessa aquele país isento de tarifa, enquanto o Brasil paga uma taxa de US$ 415 a tonelada.

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Foto: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

Principais destinos do suco de laranja brasileiro

Entre os diferentes destinos a Europa continua a ser o principal mercado das exportações brasileiras, com uma participação de 63,32%, seguida de Estados Unidos (20,03%), China (7,87%), Japão (4,60%),e Austrália (1,15%). Outros destinos representam 2,45%.

Mercados

Para a Europa as exportações totalizaram 416.070 toneladas, uma alta de 0,88% em relação às 412.439 toneladas embarcadas no mesmo período na safra 2020/2021. Em faturamento, os embarques somaram US$ 682,1 milhões, valor 11,33% maior em relação aos US$ 612,7 milhões registrados no mesmo período da safra passada.

Os embarques de suco de laranja para o Japão registraram queda de 1,05% nos oito primeiros meses da safra 2021/2022, com um volume de 30.233 toneladas. No mesmo período da safra passada, os embarques foram de 30.555 toneladas. O faturamento cresceu 15,87%, com US$ 49,4 milhões ante os US$ 42,6 milhões da safra passada.

Já a China importou de julho a fevereiro da safra 2021/2022 o total de 51.697 toneladas, volume 60% maior do que o registrado no período na safra 2020/2021 com embarques de 32.310 toneladas. Em faturamento, houve crescimento de 57,17%, com US$ 61,3 milhões ante os US$ 39 milhões faturados na safra anterior. “Aos poucos o mercado Chinês parece estar amadurecendo e o consumo de suco de laranja passa a ganhar fôlego de forma bastante orgânica”, diz Netto.

 

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