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Agricultura

Milho: entidades mostram preocupação com segunda safra após atraso na entrega de herbicida

Abramilho e Aprosoja Brasil informam ter recebido inúmeras reclamações de produtores que ainda não receberam o herbicida atrazina

A Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) têm recebido nas últimas semanas inúmeras reclamações de produtores de todo o país que adquiriram o herbicida atrazina, usado na cultura do milho, mas que até agora não receberam o produto das empresas que o comercializam.

Segundo comunicado assinado pelas duas entidades, as reclamações sobre cancelamento de entregas do produto são as mesmas em relação ao herbicida diquat, utilizado para dessecação da soja, e que também está em falta no mercado.

plantação de milho
Foto: Josuel Moraes/arquivo pessoal

“Diante deste cenário de incertezas, Aprosoja Brasil e Abramilho vêm a público manifestar preocupação com o desabastecimento de produtos no mercado brasileiro, o que coloca a segunda safra do milho sob forte ameaça”, diz a nota.

A atrazina é o principal herbicida para a cultura do milho. Sem ele os produtores correm o risco de não conseguirem produzir o cereal. Isto porque este é o único herbicida para ervas daninhas de folha larga, e que também é usado para controle da soja RR voluntária entre as plantas de milho.

O milho segunda safra, em rotação com a soja, é responsável pelo abastecimento de mais de 70% do suprimento do mercado brasileiro do cereal. Nos últimos anos houve quebras de safra, prejudicando a rentabilidade de parte dos produtores e pressionando os preços do milho.

As duas entidades enfatizam que a falta do herbicida cria ainda mais dificuldades para os produtores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e de parte de São Paulo que foram seriamente atingidos pela estiagem na primeira safra de milho, e traz impactos também ao consumidor final.

“Portanto, solicitamos aos órgãos competentes que atuem no sentido de garantir a liberação e registros de empresas que tenham condição de produzir volumes de atrazina suficientes para o abastecimento do mercado brasileiro na safra atual, assim como seja liberada a importação de produtos de países do Mercosul. Solicitamos também que as empresas fornecedoras arquem com os prejuízos dos agricultores em caso de cancelamento ou atraso na entrega”, destacam a Abramilho e a Aprosoja Brasil.

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