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Calor excessivo prejudica fertilidade do gado

Alerta foi realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste, que também dá dicas de como minimizar os efeitos do verão sobre os animais

Fonte: Roberta Silveira/Canal Rural

O calor excessivo deste verão pode prejudicar a reprodução do gado de corte e de leite, influenciando, entre outros aspectos, a fertilidade das fêmeas, alertou a Embrapa Pecuária Sudeste, de São Carlos (SP), que recomenda aos pecuaristas a amenizar o efeito das altas temperaturas no rebanho. Uma das providências é associar a produção bovina com árvores ao redor da propriedade, em sistemas como integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). 

Ao proporcionar sombra, as árvores favorecem a redução da temperatura corporal dos animais. “Esse efeito é mais perceptível na primavera e no verão, e nos períodos mais quentes do dia”, afirma o pesquisador Alexandre Rossetto Garcia, da Embrapa. O fator mais relevante é o sombreamento da pastagem. “O gado procura pelas áreas sombreadas e ali fica parte do dia, quando as temperaturas estão mais elevadas”, afirma.

Ele explica, ainda, que toda vez que a temperatura corpórea dos bovinos de corte ou de leite aumenta, uma série de consequências negativas é desencadeada. “Quando um animal sente desconforto devido ao calor, ele passa a produzir uma quantidade maior de cortisol, hormônio diretamente ligado ao estresse.”

O gado de leite passa a consumir uma quantidade maior de água para que ocorra a termorregulação corpórea. “Como decorrência, o animal passa a apresentar maior sudorese e, com isso, perde líquidos e sais minerais fundamentais para a produção de leite”, observa.

Do ponto de vista reprodutivo, os altos índices termo-corpóreos também podem provocar perdas ao setor pecuário. “Quando a temperatura corpórea do touro se eleva, a temperatura interna dos testículos também sobe. Isso faz com que a quantidade e a qualidade do sêmen se reduzam. Na fêmea, o processo é similar”, destaca o pesquisador.

Para contornar esses e outros problemas do gênero Garcia defende os sistemas integrados (ILPF): “Eles possibilitam ao produtor ter duas ou três atividades econômicas no mesmo espaço, ao mesmo tempo. Dessa forma, a monocultura é deixada para trás e as fontes de renda vindas de um mesmo espaço se multiplicam”.

Conforme o pesquisador, a integração também traz benefícios para o meio ambiente, como o aumento da retenção de água pelo solo, de disponibilidade de matéria orgânica e a qualidade do capim, quando consorciado à silvicultura e lavoura. 

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