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Rússia restringe importação de carnes de oito frigoríficos brasileiros

Unidades de carne suína e bovina foram temporariamente impedidas de enviar produtos ao paísA Rússia restringiu de forma temporária as importações de carne suína e bovina de pelo menos oito empresas brasileiras, de acordo com informações do Rosselkhoznadzor, o Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária do país. 

Entre as empresas atingidas estão BRF e JBS, que sofreram restrições em relação às vendas de carne e miúdos de porco. As determinações do órgão russo começaram a valer na última sexta, dia 20.

A BRF está impedida de exportar para o país a partir da unidade em Uberlândia (MG). A companhia disse que a decisão do governo russo não afeta a estratégia comercial da empresa, porque ela já havia decidido interromper as vendas de carne suína a partir da unidade de Minas Gerais. 

– A informação do serviço sanitário russo está em linha com esta decisão da empresa – informou.

A JBS está impedida de exportar carne suína e miúdos a partir da unidade em Ana Rech (RS). No final de fevereiro, o governo russo já havia decidido coletar amostras de lotes de carne bovina produzida nas fábricas da JBS em Lins (SP) e em Mozarlândia (GO). Os testes também foram reforçados em relação aos miúdos bovinos produzidos pelo frigorífico da JBS em Vilhena (RO). 

A JBS informou que a decisão do governo russo stá relacionada a mudanças comerciais estratégicas da companhia. Segundo a assessoria, a JBS decidiu centralizar suas exportações de carne suína à Rússia em apenas três unidades, que irão dedicar sua produção integral a esse mercado. Uma delas se localiza no Rio Grande do Sul e as demais, em Santa Catarina. 

– A medida permitirá uma melhor eficiência operacional e logística, garantindo amplo abastecimento aos clientes do mercado russo – informa a empresa, em nota.

As restrições em relação ao comércio de carne e miúdos suínos com a Rússia também atingiram o Frigorizzi (unidade no Rio Grande do Sul), o Natural Pork Alimentos (em Mato Grosso) e o Palmali Industrial (no Paraná). Já o Mondelli (em São Paulo) e o Big Boi (no Paraná) tiveram exportações de carne bovina restringidas. Por sua vez, o Frig Industrial (em Santa Catarina) teve as vendas de intestinos barradas pela Rússia, em decisão que também afetou o Big Boi e o Natural Pork Alimentos.

Sob inspeção

Desde fevereiro, as exportações de carne bovina da Minerva e de miúdos bovinos do Frigol também estão sob fiscalização mais rigorosa da Rússia. O serviço de vigilância sanitária tem coletado amostras para análise de cada embarque, mas as vendas externas das empresas não foram interrompidas. 

Mapa

O Ministério da Agricultura (Mapa) disse que os oito frigoríficos suspensos temporariamente pela Rússia não vendiam carne ao país. Apesar de terem sido desabilitados para a exportação, eles podem voltar à lista de autorizados caso atendam aos critérios exigidos. 

Em abril, o Mapa enviará uma missão à Rússia e à China para negociar a ampliação da lista de habilitados à exportação para os países asiáticos. As empresas interessadas nesses mercados foram convidadas a participar da viagem e das negociações.

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