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Leite

Imagem fala por si: irrigação revoluciona pastagem de pequeno produtor de leite

Ademir e Rozane Chartanovicz foram um dos primeiros a implantar o sistema no município de Campina das Missões (RS)

Emblemática, a foto a seguir mostra o limite entre a área irrigada e não irrigada na propriedade de Ademir e Rozane Chartanovicz, em Campina das Missões (RS). A irrigação tem sido uma grande aliada da família em períodos de seca, como o que perdurou no noroeste gaúcho nos últimos meses.

Foto: Emater

A atividade leiteira é uma das mais impactadas pela presença da tecnologia. Nos últimos anos, a Emater/RS-Ascar, parceira da Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), elaborou mais de 1.700 projetos de irrigação e 2.200 de reservas de água em açudes na região de Santa Rosa, sendo que aproximadamente 75% destes são voltados a áreas de pastagens.

Vantagem para o produtor

A família Chartanovicz reforça a importância da produção de leite a pasto. “Acreditamos que é importante produzir leite a pasto e investir em oferta de pastagem de boa qualidade, porque é uma forma de aumentar a produção e reduzir custos, oferecendo uma produção com melhor qualidade para os consumidores. Além disso, o animal que é bem alimentado apresenta menos problemas no desempenho leiteiro e na sanidade”, salienta Rozane.

O que é necessário?

As áreas irrigadas são principalmente de grama tifton e, parte, de aveia de verão. Aliado à irrigação, é importante atentar-se aos cuidados com a reservação de água. “O produtor conseguiu manter a produção de leite durante o período de estiagem, pois tinha reserva de água para irrigar a área. Nos locais perto da divisa, onde não chega água, o pasto plantado não desenvolveu e ficou esperando uma chuva. A diferença é bem visível”, observa Antônio Jungm, extensionista da Emater.

Entre a área irrigada e não irrigada estabeleceu-se um limite: de um lado, plantas com bom volume e aspecto de geral e, de outro, um cenário com o desenvolvimento da pastagem com porte bem abaixo e baixo grau de palatabilidade.

“As áreas que não possuem irrigação dependem de fatores climáticos para se desenvolverem. Já nas áreas que são irrigadas, o retorno é rápido, garantindo a produção de qualidade e o desenvolvimento da plantação. Os períodos em que mais se apresentam essas diferenças são no verão e em épocas de estiagem, em que o clima quente e a falta de chuvas podem reduzir o desenvolvimento das pastagens”, diz Ademir.

Pioneiros na irrigação

Desafiado pela Emater/RS-Ascar, o casal Chartanovicz  foi um dos primeiros do município a decidir implantar um sistema irrigado na pastagem de sua propriedade, em 1994. O sistema por aspersão convencional, com projeto técnico elaborado pela instituição, abrange uma área de 3,2 hectares.

Para garantir uma boa produtividade dos pastos, é importante também a adoção de práticas aliadas à irrigação. “Um bom pasto e com alta produção é obtido com adubação adequada, de preferência orgânica, como por exemplo dejetos suínos. A adoção de plantio de culturas perenes facilita o manejo da irrigação, e com garantia de umidade no solo podemos adubar e tirar o máximo da área”, observa Jung.

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