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Tempo

Saiba onde pode ter geada nesta quinta-feira; há até risco de 'geada negra'

Lavouras de milho, feijão, café, hortifrútis e cana-de-açúcar são as que correm maiores riscos

A tempestade subtropical Yakecan, nome que significa “o som do céu”, em tupi-guarani, avança ao longo da porção mais ao norte da costa da região Sul. Seus efeitos mais intensos já foram sentidos no leste do Rio Grande do Sul, com ventos de mais de 90 km/h, o que provocou o fechamento do Porto de Rio Grande por algumas horas. Mas ainda não há registro de geadas amplas pelo país.

Nesta quarta-feira (18), o sistema perde força, mas ainda há atenção máxima para ventania e transtornos, como queda de árvores e corte de energia. Atenção para o mar agitado em todo o litoral gaúcho, com ondas de até 4 metros.

Foram justamente os ventos que seguraram a formação de geada em boa parte das áreas produtoras. “Para termos geadas, além das baixas temperaturas é necessário uma noite de céu claro e ventos calmos, o que não aconteceu, visto que tínhamos muita nebulosidade e rajadas no Sul”, afirma Celso Oliveira, agrometeorologista da Climatempo.

Como o sistema vai perder força nas próximas 24 horas, as chances de geadas no Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul aumentam. Dessa forma, há riscos para lavouras de milho, feijão, café, hortifrútis e cana-de-açúcar. Os ventos podem ter provocado o acamamento de algumas lavouras de milho.

Em Ituverava, no interior de São Paulo, a mínima registrada na última madrugada foi de apenas -0,7 °C, com formação de geada em áreas de cana-de-açúcar. A condição persiste nesta quinta-feira (19). A capital paulista teve a madrugada mais fria em maio dos últimos 32 anos, com termômetros na marca de 7,1 °C. Ainda há a possibilidade de precipitação invernal no planalto do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná. Há chance de neve nos Campos de Cima da Serra e no Planalto Sul de Santa Catarina.

No norte do Paraná, há risco de geada e não se descarta inclusive a ocorrência de “geada negra”, que é a queima da vegetação pela ação de ventos gelados muito fortes, como a que devastou os cafezais paranaenses em 1975 .

Ao longo desta quinta, venta bastante na faixa leste da região Sul. O dia fica com mais nebulosidade no centro-leste do Rio Grande do Sul e sul de Santa Catarina, e pode chover em vários momentos do dia. O tempo fica firme nas demais áreas da região e a sensação é de frio.

No Sudeste, o amanhecer é frio e com risco de geada em São Paulo e sul de Minas Gerais. As temperaturas continuam baixas, e há possibilidade de pouca chuva apenas no norte mineiro. Nas demais áreas da região, porém, o tempo é firme e seco. Pode ventar ao longo do dia no litoral do Rio de Janeiro.

O sol predomina em todas as áreas do Centro-Oeste, mas a sensação ainda é de frio, principalmente ao amanhecer. Não há expectativa de chuva na região, e a umidade do ar tende a diminuir a partir da tarde.

No Nordeste, chove de forma muito isolada em parte da faixa leste. Já no Norte, o céu fica nublado e a chuva se torna frequente em Roraima; o risco de temporais aumenta por toda a costa norte da região. As pancadas de chuva acontecem a partir da tarde e há possibilidade de trovoadas no sul do Pará e no norte do Tocantins. Além disso, o tempo é firme no Acre, sul do Tocantins e em Rondônia.

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