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Mato Grosso

Após 30 anos, Mato Grosso encerra vacinação contra febre aftosa

Mato Grosso se tornou livre da doença em 1996; pecuaristas possuem até o dia 26 de dezembro para comunicar a imunização ao Indea

Após 30 anos de vacinação contra a febre aftosa, Mato Grosso encerra neste sábado (17) a imunização de seu rebanho bovino em etapas anuais. A estimativa do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) é que sejam vacinados nesta etapa 33 milhões de bovinos e bubalinos no estado.

Pecuaristas mato-grossenses possuem até o dia 26 de dezembro para comunicar ao Indea a realização da imunização de seu rebanho.

Mato Grosso se tornou livre da febre aftosa com vacinação em 1996, contudo o vírus rondou o estado até 2007. A doença trouxe forte impacto financeiro para a pecuária brasileira.

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Foto: Leandro Balbino/Canal Rural Mato Grosso

Novo status é um avanço para a pecuária

A diretora técnica da Superintendência do Ministério da Agricultura em Mato Grosso, Alzira Catunda, pontua que o novo status para Mato Grosso é um avanço para a pecuária.

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“Mato Grosso, graças a Deus, atendeu as exigências e o Mapa chegou à conclusão de que pode parar de vacinar. O ministério se posiciona muito satisfeito porque a gente trabalha também para o desenvolvimento comercial do pecuarista. Vai aumentar o trabalho do Mapa e o Indea está muito bem estruturado”, diz Catunda.

Somente em 2022 foram destinados quase R$ 4 milhões para o combate a doenças de saúde animal em bovinos e ovinos de Mato Grosso, de acordo com o presidente do Fundo Emergencial de Saúde Animal de Mato Grosso (Fesa), Antônio Carlos Carvalho de Sousa.

“O programa de erradicação da febre aftosa só teve essa evolução devido à parceria dos produtores rurais e o Indea. Agora, nós produtores temos que ficar mais atentos daquilo que ocorre dentro da nossa propriedade e manter essa conquista histórica”, salienta Sousa.

O diretor técnico da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Manzi, lembra que no passado, Mato Grosso chegou a registrar mais de 50 mil focos de febre aftosa por ano. Contudo, após ação conjunta entre produtores, indústria, Indea e Mapa, o quadro mudou.

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“O produtor fez a parte dele vacinando mais de 99% dos animais. A gente espera que os casos de febre aftosa realmente fiquem só como uma imagem do passado. Ela é uma doença de preocupação mundial. O Brasil hoje exporta carne bovina para 155 países e a gente espera exportar ainda mais”.

Foto: Embrapa Territorial

Última campanha contra febre aftosa em Mato Grosso

Em Mato Grosso apenas não realizaram a imunização dos animais contra a febre aftosa os municípios de Aripuanã, Comodoro, Colniza, Juína e Rondolândia, todos na região noroeste do estado, uma vez que já possuem status de zona livre de febre aftosa sem vacinação.

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A suspensão da imunização do rebanho bovino e bubalino no estado faz parte do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA).

Nesta quinta-feira (15), no município de Água Boa, o Indea, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o setor produtivo celebraram em ato simbólico a última vacinação contra a febre aftosa no Estado.

Foto: Governo de Mato Grosso

Investimento para cumprir requisitos

O Indea teve de cumprir uma série de requisitos estabelecidos pelo Mapa para que o estado pudesse vir a ganhar novo status sanitário de ser livre de febre aftosa sem vacinação. Por meio de investimentos do Governo de Mato Grosso e por meio dos fundos mantidos pelo setor produtivo, o Indea conseguiu atender as demandas.

O estado passa agora para a fase de vigilância, onde o produtor terá que observar os animais e em qualquer suspeita, deve comunicar o Indea.

“Isso não será apenas para casos suspeitos de febre aftosa, mas qualquer incidência de saúde animal. O fim da vacinação também representa custos menores aos produtores que não vão mais gastar com vacinas e a possibilidade de acessar novos mercados com a valorização do nosso produto”, comenta a presidente do Indea, Emanuele Almeida.

 

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