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Representantes do setor de frigoríficos preparam novas regras trabalhistas

Principal reivindicação de funcionários é a falta de pausas durante a jornadaO setor frigorífico registrou mais de 60 mil doenças ocupacionais de 2008 a 2010. A rotina diária, com movimentos repetitivos, é a principal causa. No Ministério do Trabalho, uma comissão formada por funcionários, empregadores e representantes do governo está formulando uma norma regulamentadora para o setor, que deve entrar em vigor até o final do ano.

Cerca de 400 mil pessoas em todo o país trabalham no setor de abate. A principal reivindicação de quem trabalha nesse tipo de atividade é que sejam estabelecidas pausas durante a jornada de trabalho. Os trabalhadores também pedem a criação de regras específicas, como treinamento para o uso de equipamentos de segurança e redução da jornada para seis horas.

– Nós temos que colocar uma pausa na jornada de trabalho de 10 minutos a cada 50 minutos. Especialistas dizem que devido à penosidade há necessidade de pausa – explica o representante da Confederação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação, Carlúcio Rocha.

Os empregadores concordam que o setor precisa de novas normas, mas sugerem que as pausas não sejam feitas na primeira e última hora de trabalho. Caso contrário o aumento nos custos de produção poderia chegar a 15%.

– A medida em que você para muito, você tem perda de produtividade e perde competitividade e o Brasil está em uma posição que demorou muito tempo para conquistar – defende o coordenador da Bancada Patronal, Ricardo Gouveia.

Para a advogada trabalhista Rita de Cassia Vivas, com melhores condições, os afastamentos do trabalho devem diminuir.

– O trabalhador vai adoecer menos, ou nem vai adoecer, e isso implica em redução do número de ações trabalhistas que por ventura venham a existir em razão desse adoecimento frenético que acontece no setor – argumenta.

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