O dólar comercial voltou a acelerar os ganhos frente ao real e renovou máximas sucessivas acima de R$ 5,56- nos maiores patamares desde 27 de agosto – acompanhando as perdas das moedas de países emergentes em meio à forte valorização global da moeda norte-americana.
De acordo com o comentarista do Canal Rural Miguel Daoud, a moeda norte-americana serve como um termômetro que mede as expectativas cambiais futuras negativas. “Diversos fatores estão ligados a essa alta, um deles foi a divulgação nesta quarta, do índice de inflação em alta, puxado principalmente pelos preços dos alimentos e insumos para produção, o que encarece a economia e desajusta o mercado financeiro”, explica Daoud.
“Além disso, outros dois pontos que mexeram com o dólar foi o anúncio do governo afirmando que o rombo nas contas públicas deve chegar a R$ 900 bilhões ou até mais, e o IBGE, que divulgou o crescimento do desemprego durante a pandemia. Ou seja, é nítido que falta para o mercado uma expectativa positiva sobre o desfecho desse cenário”, enfatiza o comentarista.