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Alta no preço dos alimentos no Brasil deve ser temporária, afirma economista

Segundo Roberto Padovani, alguns fatores devem mudar essa realidade em um curto espaço de tempo

O IBGE divulgou nesta quarta, 9, o índice nacional de preços ao consumidor amplo de agosto. O IPCA ficou em 0,24%, abaixo dos 0,36% de julho deste ano, mas a maior taxa para o mês de agosto desde 2016.

Entre os alimentos, destaque para o tomate com alta de 12,98% no preço, o óleo de soja com 9,48%, o leite longa vida com 4,84%, as frutas 3,37%, as carnes com 3,33% e o arroz com alta de 3,08% no mês. Entre as quedas estão na lista a cebola com 17% de baixa, a batata inglesa com 12,40% e o feijão carioca com baixa de 5,85%.

Para o economista Roberto Padovani, de maneira geral a inflação no Brasil teve uma queda substancial no comparativo com os anos de 2018 e 2019. “Em 2018 e 2019, tivemos uma inflação média próxima a 3%. Depois, de abril para cá, esse nível caiu para 1,8%, quase pela metade. Isso tem a ver com o colapso da atividade econômica, com o desemprego em alta, fazendo com que a inflação caísse junto”, explicou.

Segundo ele, boa parte dos produtos brasileiros estão tendo um desempenho satisfatório, com uma pequena exceção que é o grupo de produtos alimentícios. “Mas esses efeitos devem ser temporários, mesmo no grupo dos alimentos. A gente tende a ter nos próximos meses a diminuição da importância do auxílio emergencial, que tem injetado muita renda na economia e gerando muita demanda para o alimento. Além disso, o dólar tem favorecido excessivamente as exportações, com uma queda no dólar, as exportações serão menos rentáveis, e pode-se abastecer um pouco mais o mercado local”, falou.

E com o tempo, segundo ele, deve haver uma regularização de ofertas, fazendo com que essa alta seja temporária e não contamine os demais preços da sociedade. “Apesar da alta dos alimentos, a gente continua tendo um quadro de inflação baixo e até por isso a taxa de juros do brasil é a mais baixa desde o início da série histórica”, finalizou.

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