Mesmo em meio à pandemia de Covid-19, o agronegócio brasileiro vive um momento “sensacional”, nas palavras do diretor-executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), Eduardo Daher.
O dirigente lembra a pandemia foi declarada internacionalmente em 11 de março, período de entressafra no Brasil. “Gente que plantou grãos com dólar a R$ 3,80 quase R$ 4 acabou colhendo a R$ 5,80 quase R$ 6. Não é preciso mais do que uma conta rápida para saber que houve boa rentabilidade”, comenta.
Esse cenário, segundo Daher, levou o produtor a antecipar a compra de boa parte dos insumos para a safra 2020/2021. “Para nós, isso é bastante importante. Tudo já comercializado significa que teremos um aumento de produção”, diz.
A pandemia também aumentou a demanda global por alimentos, pois muitos países têm elevado seus estoques, afirma o diretor da Abag. Assim, um tripé já muito importante ganha ainda mais relevância: saúde, sanidade e sustentabilidade. “Fica difícil exportar para o mercado internacional com a imagem do Brasil deteriorada por desmatamento ilegal e queimadas na Amazônia”, frisa.
E as perspectivas para o setor produtivo serão discutidas no Congresso Brasileiro do Agronegócio, organizado pela Abag. O evento acontece na segunda-feira, 3, a partir das 9h, sendo totalmente online. Segundo Daher, a organização já recebeu 7.150 inscrições.
O congresso será dividido em três painéis: “O Agro Brasileiro e a Crise Global”; “Mercado Financeiro, Seguro e Crédito Rural”; e “O Agro e a Nova Dinâmica Econômica, Social e Ambiental”.