Crise energética na China traz vantagens e desafios no comércio entre países

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Crise energética na China traz vantagens e desafios no comércio entre países

No comércio entre o Brasil e a China, a crise energética do país asiático representa uma 'faca de dois gumes' para o agronegócio brasileiro

No comércio internacional, especialmente entre o Brasil e a China, a crise energética do país asiático representa uma ‘faca de dois gumes’ para o agronegócio brasileiro.

Segundo o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, energia é um insumo para a produção de bens e serviços, com a crise, a China está produzindo menos e precisa importar mais.

“Por outro lado, o Brasil está sofrendo porque precisa de insumos fabricados na China para o agronegócio, como no caso de fertilizantes e do glifosato, que é a base da agricultura brasileira. O país asiático está com dificuldades para fabricar os insumos e enviar para o Brasil”, explica.

“Esse é o ônus e o bônus. O Brasil acaba exportando mais, já que a China está produzindo menos. Por outro lado, eles estão com dificuldades para produzir e exportar os produtos que precisamos”, complementa.

Suínos, milho e soja

Um exemplo da relação entre os dois países é o suíno. “No acumulado do ano, o país exportou 800 mil toneladas de carne suína, 60% foi para a China. Neste ano, o Brasil certamente vai bater o recorde e exportar mais de 1 milhão de toneladas da proteína”, diz Giovani Ferreira.

No caso da soja, o Brasil, entre janeiro e a segunda semana de outubro, exportou 79 milhões de toneladas. “Com certeza vamos estabelecer um novo recorde”.

Já no milho, o destaque foram importações. “O Brasil já importou 1,85 milhão de toneladas neste ano. Estamos longe do recorde, em 2016, quando o Brasil importou 2,9 milhões de toneladas, por causa de uma forte escassez no mercado interno. Mas 2021 deve ficar em segundo lugar, também provocado pela escassez do cereal”.

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