Arroz: preço de equipamentos afasta produtor da energia solar | Canal Rural

Arroz: preço de equipamentos afasta produtor da energia solar

Apesar da economia proporcionada, alto custo de investimento ainda detém a adoção da tecnologia

Fonte: New Holland/divulgação

A energia elétrica é o que mais pesa no bolso do produtor de arroz. Mas já existem muitas alternativas para diminuir o gasto. As placas fotovoltaicas, que transformam radiação solar em energia elétrica, são um exemplo. No entanto, a maioria dos produtores não consegue adotar a tecnologia em função ao alto investimento.

O produtor Geovano Parcianello acredita que a economia seja grande com o uso dessa alternativa. Mas considera que seria nessário um financiamento com taxas menores para conseguir o equipamento. 

“Se conseguirmos um financiamento com taxas de juros compatíveis e que dê uma segurança do equipamento em oito a dez anos, pode ser um investimento que já começa a dar retorno. Você vai ter uma economia de 6% ou 7% no custo de produção”, analisa. 

Já o presidente da Associação Gaúcha de Energia Solar, Rodrigo Corrêa, aponta a pouca necessidade de manutenção como uma das principais vantagens das placas fotovoltaicas. “A energia fotovoltaica tem uma vantagem sobre a eólica por ser mais barata. Hoje, ela é a energia renovável mais barata, que não tem quase manutenção. Também é mais barato na questão de instalação. Pode economizar em torno de 90% da sua conta de energia”, aponta. 

De acordo com o diretor executivo do Sistema de Crédito Cooperativo (Sicredi) na região do Pampa Gaúcho, Leandro Grindi de Lima, a procura pelos produtores ainda é muito baixa, mesmo havendo linhas de crédito disponíveis para isso. 

Entre as justificativas para a baixa adesão, segundo ele, pode estar o fato de a tarifa de energia rural ainda ser muito vantajosa, em relação à taxa aplicada na área urbana. Outra fator é o valor do investimento, já que, para atender toda a lavoura, seria necessário um investimento muito elevado. “Disponibilizamos linhas com recursos da própria cooperativa com prazos não tão esticados, mas que podem ser vantajosos, de até cinco anos”, conta Lima.

Sair da versão mobile