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Rural Notícias

Ataques de animais silvestres causam prejuízos milionários em Mato Grosso

Queixada, cateto e java-porco são algumas das espécies que estão invadindo e destruindo lavouras de soja e milho em Água Boa (MT)

O ataque de animais silvestres às lavouras de soja e milho causa prejuízos milionários a produtores de Água Boa, em Mato Grosso. Em uma das propriedades do município, os animais se espalharam por áreas de reserva e de preservação permanente, usando-as como abrigo.

Segundo o engenheiro agrônomo Felipe Zmijevski, nos 4.300 hectares destinados à produção de grãos na fazenda, o ataque é ainda mais devastador. Na primeira safra, houve queda de 20 sacas de soja por hectare. O impacto deve ser ainda maior nos 2.700 hectares de milho plantados em fevereiro. “Em outros anos, estimamos perdas entre 15% e 20%. Neste ano, temos registrado praticamente 40% de prejuízo”, diz.

Queixada, cateto e java-porco foram as espécies identificadas pelo agricultor Jonas Apio como responsáveis pelos ataques aos milharais da fazenda. O prejuízo foi de 10% nesta safra. “Tivemos uma perda minimizada porque colocamos pessoas para cuidar dia e noite, soltando foguetes e espantando. Quando o produtor não tem ninguém para cuidar, ninguém para zelar pela roça, a perda chega de 20% a 30%”, conta.

O presidente do Sindicato Rural de Água Boa, Antônio Fernandes de Mello, afirma que o problema é generalizado no município e causa prejuízos milionários às lavouras de soja e milho. “Chega-se a um prejuízo em torno de R$ 14 milhões a R$ 15 milhões. Fica o alerta para quem ainda não fez a conta no seu município: façam esse levantamento para ver que os números realmente são assustadores”, diz.

De acordo com o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Marcos da Rosa, para tentar resolver a questão, produtores têm apelado para valas e cercas elétricas. “Mas todo ano há um grande avanço nessa população de animais silvestres, mesmo com o aumento dos predadores, como a onça que também tem aparecido. Dentro dessas nossas necessidades, precisamos trabalhar com pesquisadores nessa área para vermos qual a melhor solução”, pontua.

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