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Café vira moeda na compra de máquinas em feira mineira

Evento no município de Coromandel (MG) espera movimentar R$ 35 milhões em negócios

Fonte: Governo do Espírito Santo/divulgação

A compra de máquinas e implementos agrícolas na Feira do Cerrado pode ser feita numa moeda muito familiar para o público que comparece ao evento: café. A feira, que inaugurou sua segunda edição nesta quarta-feira, dia 15, em Coromandel (MG), aceita o grão como forma de pagamento para facilitar a vida dos cafeicultores.

A expectativa da cooperativa Cooxupé, organizadora do evento, é movimentar cerca de R$ 35 milhões em negócios. De acordo com o superintendente de desenvolvimento da cooperativa, José Eduardo Santos Júnior, o valor representa um crescimento de mais de 60% do resultado alcançado no ano passado. Na primeira edição, o público foi de 3 mil pessoas. “Acreditamos que, neste ano, vai superar 5 mil visitantes”, diz.

As empresas que expõem na feira aceitam café para facilitar a aquisição de máquina e implementos. Santos Júnior afirma que o produtor pode financiar a compra em três anos. “E pode trocar em café, também, se for melhor para ele. Troca em café e fica devendo em café”.

Em busca de aumento de produtividade, o cafeicultor Gilberto Luiz Ferrarini viajou mais de 100 quilômetros para fechar negócio na compra de maquinário. “Estamos vendo as inovações para melhorar a colheita de 2017, estamos em cima disso para buscar a melhor técnica de manejo na atividade”, afirma.

Mais de 60 expositores estão na Feira do Cerrado apresentando novidades tecnológicas para o café. Não faltam opções para os produtores. Uma das máquinas disponíveis na feira é um descascador que dispensa o uso de água. O engenheiro eletromecânico Fabio Raimundo afirma que o resíduo da operação é muito poluente. “Esta é uma máquina mais compacta, com menor potência e sem consumo de água, que era o que o mercado e o produtor nos exigiam”, diz.

Outra máquina consegue mais eficiência na limpeza do café de varrição usando apenas um pequeno motor. “A gente chama o equipamento de peneirão de três estágios. Café de varrição vem com muita sujeira, pedra, pauzinho, que são difíceis de tirar”, afirma o técnico em cafeicultura Samuel Machado.

Segundo o presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa, a cooperativa sempre levou aos cafeicultores a ideia de que é preciso ser eficiente e conduzir a produção de café de maneira ambientalmente correta. “Você tem que deixar para seus sucessores um mundo igual ou melhor do que recebeu, e essa possibilidade só existe com eficiência e respeito ao meio ambiente”, diz.

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