União Europeia ameaça ampliar barreiras à importação de aves da BRF | Canal Rural

União Europeia ameaça ampliar barreiras à importação de aves da BRF

Na semana passada, Blairo Maggi afirmou que encontro com europeus não rendeu avanços; associação defende que Brasil recorra à OMC

Fonte: MPT-RS/Divulgação

A União Europeia pode suspender a qualquer momento todas as compras de carne de frango da empresa BRF. A informação foi dada pelo vice-presidente de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin.

Reunião com europeus

Na semana passada, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, esteve em reunião com representantes do bloco econômico, mas o encontro não rendeu grandes avanços.

“Haverá uma votação na próxima quarta-feira, dia 18, para decidir sobre restrições às exportações brasileiras de carne de aves da empresa”, informou Maggi. Após decisão da Comissão Europeia, a expectativa é que providências sejam tomadas pelo governo brasileiro para restabelecer o fluxo comercial.

OMC

O diretor executivo da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, defende que o Brasil tome medidas de ordem comercial para resolver o impasse na exportação de carne de frango para a União Europeia (UE). “O país precisa fazer valer seus direitos frente à Organização Mundial de Comércio (OMC)”, disse.

“Estão usando barreiras comerciais disfarçadas de barreiras sanitárias”, afirmou Vacari. Segundo ele, a situação acaba afetando todos os setores da pecuária. “Esse volume que não está sendo exportado vai parar no mercado interno e os preços de todas as carnes (de frango e suíno) vão cair”, disse. “Isso mexe com o tabuleiro todo.”

Relembre o caso

Em março, o Ministério da Agricultura embargou as exportações de dez unidades da BRF para o bloco econômico, depois da deflagração da operação Trapaça, da Polícia Federal, no mesmo mês. Antes disso, porém, a União Europeia vinha rejeitando um número cada vez maior de lotes brasileiros de carne de frango, alegando a presença de salmonella acima dos níveis permitidos. O setor produtivo do Brasil argumenta que os europeus vêm utilizando um critério de inspeção de salmonella em carne de frango in natura diferente do usado no frango salgado.

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