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Agronegócio

Pós-Covid: Brasil terá que se mostrar fornecedor confiável, diz presidente da Cargill

Live do Projeto Mais Milho debateu relações internacionais e cenário político para a cadeia do cereal

A pandemia do novo coronavírus impactou a economia dos países ao redor do mundo e também o comércio internacional de produtos agrícolas. Para tentar mapear como será o mundo pós-Covid-19, o Ministério da Agricultura elaborou um relatório, com base em relatos dos 23 adidos agrícolas do Brasil no exterior, que apontam que medidas de restrição às exportações já são observadas e a tendência é que os países favoreçam a produção local de alimentos.

Dentro desse cenário, o Brasil tem um papel de extrema importância na continuidade do fornecimento de produtos de qualidade e em quantidades suficientes para abastecer o mundo. “Mas, para cumprir esse papel, não baste ao país ter condições de manter e ampliar suas exportações. É necessário que os países confiem no mercado internacional como pilar para a segurança alimentar”, segundo informações contidas no relatório do Mapa.

Para o presidente da Cargill no Brasil, Paulo Sousa, o Brasil terá que mostrar ao mundo que é um fornecedor confiável. “Temos visto alguns países ensaiando um protecionismo e a grande oportunidade para a agricultura brasileira será mostrarmos que somos confiáveis”, disse Sousa, nesta quinta-feira, 14, durante a live do Projeto Mais Milho, que debateu as relações internacionais e o cenário político para a cadeia do milho.

No encontro, comandado pelo vice-presidente da Associação dos Produtores de Milho (Abramilho), Glauber Silveira, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Orlando Leite Ribeiro, afirmou que o mundo pós-Covid-19 ainda é uma incógnita.

“Acreditamos que teremos um mundo que irá buscar alimentos de qualidade com preços menores. E essa busca por segurança alimentar pode assumir diversas formas, como maior protecionismo, maior número de barreiras comerciais”, explica o secretário.

Atualmente, o Brasil é o segundo maior exportador mundial de milho. E na temporada 2019/2020, deverá embarcar mais de 36 milhões de toneladas do cereal, conforme último levantamento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O secretário também reforça que o Ministério da Agricultura tem trabalhado para diversificar os destinos de exportação do grão.

Ribeiro destacou, inclusive, que o Mapa está trabalhando na revisão do protocolo para exportações de milho para a China. A nação asiática é um importante parceiro comercial do Brasil, principalmente no caso da soja. Na visão do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Alceu Moreira (MDB-RS), o país precisa cultivar os interesses e ter bom relacionamento com os clientes.

“As forças políticas e produtivas vão acabar encontrando o tom para o relacionamento com a China para não criar prejuízos, o país asiático está no mundo inteiro. A China é o país que mais importa milho do Brasil, sem comprar um grão de milho”, ressaltou o presidente da FPA, em referência às importações chinesas de carne de aves e suínos brasileiros.

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