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Milho

Produtor de milho dos EUA poderá escolher forma de seguro

O nível de chuvas recebidas na região entre abril e maio teve volume de 200% a 300% acima do normal nesse período

milho
Foto: Pixabay

Com o fim do prazo de plantio para fins de seguro em diversos Estados do Meio-Oeste dos Estados Unidos, produtores de milho da região agora precisam decidir como prosseguir com o seguro agrícola. O economista-chefe de commodities da INTL FCStone, Arlan Suderman, explicou as opções em seminário online.

Uma opção, segundo ele, seria aceitar o pagamento pleno por plantio impedido, que é calculado com base no rendimento histórico do produtor (geralmente nos últimos quatro a dez anos anteriores), um preço base (a média do contrato dezembro de milho ou do novembro de soja durante o mês de fevereiro ou outubro – o que for maior) e o nível de cobertura (que costuma ser de 80% – quanto maior o pagamento do produtor ao seguro, maior o nível de cobertura).

Entretanto, caso o produtor escolha essa opção, ele não poderá plantar outra safra para colheita até novembro, e também terá que controlar as pragas em suas terras. De acordo com Suderman, a maioria dos produtores de milho, caso opte pelo pagamento pleno, receberia entre US$ 250 e US$ 300 por acre. Já para a soja, o pagamento médio seria menor, também porque o gasto até o momento provavelmente não foi tão alto quanto o de quem produz milho.

Uma segunda possibilidade seria aceitar o pagamento parcial pelo plantio impedido. Nesse caso, o produtor receberia 35% do pagamento pleno, mas poderia plantar outra safra – quem costuma produzir milho poderia plantar soja, por exemplo – até o fim do período de plantio, que é cerca de 25 dias após o fim do prazo para fins de seguro. Entretanto, caso o produtor escolha essa opção, ele terá um rendimento de 60% do valor aplicado ao seu histórico no seguro, o que reduz as garantias para os anos seguintes.

O agricultor pode, também, escolher plantar uma safra diferente – em geral, a transferência costuma ser do milho para a soja – e transferir a cobertura do seguro para essa safra. Suderman explicou que, como este ano há uma área maior em que ainda não se aplicaram fertilizantes, o que facilita a migração de culturas, essa pode ser uma opção interessante.

A última opção seria ele plantar milho mesmo depois do prazo final de plantio para fins de seguro. Nesse caso, o benefício é calculado da mesma forma que o do pagamento pleno, porém o pagamento é reduzido a cada dia de atraso do plantio. Se o plantio foi feito após 25 de junho, ele recebe 60% da receita garantida. Sunderman ressalta, entretanto, que o plantio tardio pode reduzir rendimentos, o que também contribui negativamente para o histórico nos anos seguintes.

Segundo o economista da FCStone, produtores podem escolher essa opção porque o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) havia afirmado que, para receber o pagamento de assistência disponibilizado pelo governo por causa da disputa comercial com a China, o produtor precisa plantar alguma safra. Entretanto, nesta segunda-feira o USDA afirmou que pode mudar de ideia quanto a isso – se for o caso, a área não plantada e a quantidade de agricultores recebendo o pagamento pleno por plantio impedido pode aumentar.

“Muitos produtores estão cansados de lutar contra a lama e estão prontos para receber o plantio impedido se souberem que receberão a assistência”, disse ele. “Nesse caso, podemos ver um forte aumento no número de acres com plantio impedido para milho e, possivelmente, para a soja também.”

A maior parte dos produtores do Meio-Oeste precisa se decidir até 25 de junho. O nível de chuvas recebidas na região entre abril e maio – especialmente em maio – teve volume de 200% a 300% acima do normal nesse período. “Até as áreas que não receberam chuvas muito acima da média tiveram um fluxo tão contínuo de chuvas regulares que o solo nunca secava e deixava produtores fora do campo”, disse Sunderman.

Entre março e maio deste ano, de acordo com o economista, em algumas áreas os níveis de chuva foram os mais altos já registrados para o período – os registros começaram há 127 anos.

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