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‘Se conseguir colher 40 sacas de soja já estarei satisfeito’, relata produtor do RS

Segundo Aprosoja, seca que afeta o estado traz a certeza de quebra de safra para o maior município produtor de soja do Sul do país

O clima é realmente algo difícil de prever. Na agricultura é a principal variável entre ter uma super safra e uma baita quebra. O Rio Grande do Sul vive essa instabilidade na pele, pois se há 60 dias o excesso de chuvas atrapalhava o plantio da soja, agora, a pior seca dos últimos 9 anos, faz as plantas morrerem e a perspectiva de boa safra descer pelo ralo. Já tem produtor dizendo que se colher 40 sacas estará satisfeito. A média do estado é de 55 sacas por hectare, por exemplo!

Está achando tudo isso exagerado? Então vamos a alguns dados. A fala ai de cima é de um grande sojicultor do maior município produtor de soja do Sul do país, Tupanciretã (RS), com quase 500 mil toneladas. A própria Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do estado confirmou que esta é a pior estiagem desde a safra 2012/2013. A Aprosoja local fez uma ronda pelas lavouras do município e, em um vídeo, mostrou que a situação é realmente alarmante. sacas

“O Núcleo da Aprosoja de Tupanciretã fez uma ronda nas lavouras da região para entender a condição da soja. Há 60 dias estávamos com excesso de chuvas, impedindo a semeadura. Agora estamos tendo dificuldades com a falta de instabilidades. Estamos vivendo, aqui na região, um dos piores momentos dos últimos 9 anos, o prejuízo já é muito grande”, diz José Domingos, diretor da Aprosoja do núcleo de Tupanciretã.

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No vídeo divulgado por Domingos, ele conversa com o produtor Claiton Ceolim, que relata muita preocupação com a falta de água para o desenvolvimento das plantas de soja.

Claiton Ceolim em sua lavoura de soja. Seca preocupa. Foto: Aprosoja-RS

“Plantamos soja sobre a palhada do trigo no dia 25 de novembro em um talhão. Em outro, ao lado, plantei em outubro e é lá que a situação está pior”, diz Ceolim.

Segundo ele a expectativa inicial de colheita era muito boa, pois havia umidade no solo e o clima ia bem bem, mas tudo mudou em 60 dias. “Agora acredito que iremos ter uma quebra de pelo menos 30%. Nas áreas mais arenosas, se não chover logo, as perdas podem chegar a 100%”, relata o produtor.

O produtor conta que, desde que terminou a semeadura a área recebeu no máximo 40 mm acumulados e mesmo que volte a chover o prejuízo já é certo.

“Se voltar a chover e eu conseguir colher 40 sacas por hectare de média, eu já estarei bastante satisfeito”, diz Ceolim.

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