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Soja: com poucas chuvas, Mato Grosso dá largada, mas plantio está devagar

A previsão do tempo aponta para o retorno das precipitações em diversos municípios do estado, fator que deve viabilizar e acelerar o plantio

Plantio, EUA
Foto: USDA/ Divulgação

Mato Grosso deve semear uma área de 9,7 milhões de hectares com soja na safra 2019/2020. Esse montante representa um avanço de 0,59% a mais que a temporada anterior. Entretanto com poucas chuvas, o estado ainda vê o plantio da oleaginosa avançar lentamente, se comparado ao ano passado (o clima era favorável e choveu cedo). Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Até o dia 20 de setembro, a área semeada com o grão era de apenas 0,28% do total. Na mesma época de 2018 a semeadura estava na casa dos 0,83%. A culpa disso é justamente a falta de chuvas neste início de safra.

Entre as regiões, a oeste é a mais avançada com 0,75%, dos 1,052 milhão de hectares previstos. Seguido pelo sudeste, com 0,38% dos 1,949 milhões de hectares, depois o médio-norte com 0,30%. A mais atrasada é o Norte, com apenas 0,01%.

Clima

As instabilidades retornam para Mato Grosso nesta semana, ainda não de maneira generalizada e nem com grandes volumes. Na parte sul, próxima a Rondonópolis, chove desde esta segunda até quarta-feira, os volumes não passam os 5 mm diários. Em Sapezal, mais a oeste, as precipitações também acontecem nestes primeiros três dias da semana, com volumes de até 4 mm por dia.

No Noroeste do estado, próximo a Colniza, chove desde esta segunda (12 mm), até quinta-feira (3 mm). No norte também chove de segunda a quarta, com uma média de 5 mm por dia e depois sábado e domingo.

Só falta chuva mesmo no leste do estado. Em Sapezal, por exemplo, não há previsão de precipitações nesta semana.

Atenção para plantar

As primeiras chuvas entre setembro e outubro não podem ser consideradas motivo de entusiasmo para o início do cultivo da soja em Mato Grosso, por serem mais esparsas e sem volume suficiente para evitar uma frustração. Pelo menos esse foi o alerta feito pelo professor PhD em Meteorologia, Luiz Carlos Molion, durante sua palestra de lançamento do Aproclima, na Aprosoja-MT.

“O produtor tem que esperar ela realmente se firmar e, muito provavelmente, isso acontece a partir de novembro. Temos notado que nas últimas semanas já começou a mudar e isso deve se estabelecer. Tem que ter cuidado para não colocar a semente no pó, mas também tem que mudar um pouco a prática agrícola, pois o solo fica compactado com o plantio direto e isso oferece resistência à infiltração da água da chuva”, deu o recado o professor.

Produção e custo

Segundo o Imea, a primeira estimativa aponta para uma produção recorde de soja, na casa dos 32,8 milhões de toneladas, com uma produtividade média de 56,28 sacas por hectare.

Entretanto o custo variável para a temporada é o maior também, em torno de R$ 3.147 por hectare, contra os R$ 2.871 de 2018/2019.

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