Sul
A maior parte da região terá predomínio de uma massa de ar seco nesta sexta-feira. Durante a manhã faz frio nos pontos mais altos dos três estados, por causa de ventos que sopram do quadrante sul, somados à perda radiativa durante a madrugada. Porém, o sol predomina rapidamente e deixa a tarde mais agradável. Além disso, a umidade relativa do ar começa a cair mais no centro oeste.
No fim do dia, chove de forma moderada a fraca e de maneira isolada na costa do Paraná e no litoral norte de Santa Catarina. Atenção que os acumulados de chuva entre a sexta e o sábado nessas áreas.
O ciclone subtropical deve durar até o fim do dia 19, depois se dissipará.
Sudeste
A chuva não para e ganha mais força ao longo do dia nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Os acumulados serão bem elevados e podem passar de 80 mm em grande parte do território fluminense, no sul capixaba, na Zona da Mata Mineira, na região metropolitana de Belo Horizonte e na região do Rio Doce. Atenção aos riscos para alagamentos, deslizamentos de terra, enxurradas e demais danos. Além disso, há riscos de rajadas de vento, raios e até queda de granizo.
Boa parte da chuva ainda é causada pela Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que traz a umidade constantemente da Amazônia para ao Sudeste, mais uma área de baixa pressão atmosférica na costa do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Além disso, tem uma frente fria próxima à costa do Rio de Janeiro.
Na sexta também tem chuva no estado de São Paulo, que ocorre na forma de pancadas fortes, especialmente à tarde, podendo se estender para o período da noite. Com raios, rajadas de vento e até queda de granizo. Os volumes de chuva podem ser pontualmente elevados, como no litoral paulista e na Região Metropolitana de São Paulo. E ressalta que no litoral as chuva com acumulados altos podem se estender para a madrugada do dia seguinte.
Por conta da grande quantidade de nebulosidade, as temperaturas não sobem muito ao longo do dia, em Minas Gerais e no Espírito Santo, e ficam baixas, com características de invernada. Nas demais áreas a sensação ainda é de calor.
Por fim, do centro ao oeste do estado paulista, o tempo será firme, devido ao avanço da massa de ar seco na região, associada à entrada de uma área de alta pressão atmosférica.
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Centro-Oeste
Mais um dia de chuva volumosa, tempo fechado e temperaturas baixas em boa parte de Goiás, Distrito Federal e centro e norte de Mato Grosso, com condição para transtornos em áreas de risco, como alagamentos e deslizamentos, devido ao excesso de volume previsto, que podem passar de 60 mm entre Mato Grosso e o norte de Goiás. Ressalta-se que o risco de invernada persiste nessas áreas.
Trata-se da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que segue atuando, e também instabilidades associadas ao calor e à umidade da Amazônia, além de uma área de baixa pressão atmosférica no sul de Mato Grosso.
Apenas em Mato Grosso do Sul é que o tempo fica mais firme e com temperaturas em elevação, além do risco de baixa umidade do ar no meio da tarde.
Nordeste
O tempo fica firme, seco e ensolarado desde o centro-sul do Ceará ao norte da Bahia e no sertão e agreste desde o Rio Grande do Norte até o oeste de Alagoas. Em outras áreas, ainda tem tempo muito instável.
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mantém chuva forte na costa norte do Nordeste e são esperados elevados acumulados (de mais de 60 mm) desde o oeste da Bahia até o oeste do Maranhão, também pela influência do Vórtice Ciclônico nos médios níveis da atmosfera no Tocantins, Pará e Maranhão, além da passagem da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), influenciando mais o oeste e sul da Bahia.
Salienta-se que há risco de invernada na Bahia, Piauí e Maranhão, onde o tempo fechado e com temperaturas mais baixas ocorrem por pelo menos quatro dias seguidos.
Norte
O tempo fica firme em Roraima e na divisa com o Amazonas.
Por outro lado, a previsão é de invernada e acumulados expressivos desde o Acre até Tocantins, passando pelo sul e leste do Pará, toda Rondônia e sul do Amazonas. Ressalta que os acumulados de chuva passam facilmente de 70 mm no Tocantins, pois além da passagem da ZCAS, há a atuação do Vórtice Ciclônico nos médios níveis da atmosfera entre o Pará e o Tocantins. Em todas essas áreas há riscos para alagamentos e deslizamentos.