Ibama flagra soja transgênica na Serra da Bodoquena, no MS

Fiscais flagraram 88,3 hectares de plantio ilegal da soja, sendo 17,9 hectares dentro da área do parqueA fiscalização do plantio ilegal de soja em cerca de 800 quilômetros no entorno do Parque Nacional da Serra da Bodoquena, no Mato Grosso do Sul, terminou nesta sexta, dia 25. Inspeção foi realizada por técnicos do Ibama do Estado, de Goiás e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Com a ajuda do setor de geoprocessamento do Ibama, foram escolhidos 39 alvos localizados ao longo do entorno do parque, com base no decreto 5950 de 31 de outubro de 2006 que estabelece os limites para o plantio de produtos geneticamente modificados em áreas que circundam as unidades de conservação.

Os fiscais do Ibama percorreram as fazendas localizadas no entorno do parque e flagraram 88,3 hectares de plantio ilegal da soja, sendo que 17,9 hectares foram encontrados dentro da área do parque. A equipe conjunta de técnicos percorreu os limites do parque durante três dias munida de kits que permitem a verificação “in loco” do tipo de soja plantada no local. Os fiscais também apreenderam uma armadilha para fauna silvestre em uma das fazendas.

? Com a fiscalização, queremos proteger a biodiversidade das unidades de conservação, consolidar o Parque como uma unidade de conservação e proteção integral e preservar a riqueza de fauna e flora dos biomas pantanal e cerrado em que estão incluídas as unidades de conservação do Estado ? diz o chefe da Dipam do Ibama/MS, Luiz Benatti.
No caso do Parque Nacional da Serra da Bodoquena o limite para o plantio da soja é de 500 metros a partir do seu perímetro, na zona de amortecimento  e totalmente proibido na área interna do parque. As regras foram definidas pelo Conselho Nacional do meio Ambiente (Conama) para preservar a integridade da biodiversidade do parque sem riscos de seu comprometimento.

O parque tem 76 mil hectares e está localizado numa região ainda preservada. Próximo do local há o Campo dos Índios, a Reserva indígena Kadwéu, área também ainda preservada. O Ibama no Estado demanda atenção especial as duas unidades que precisam ser protegidas.