Clima mais seco anima produtores de uva no RS

A perspectiva de clima para este ano, mesmo com o La Niña não confirmado, é de uma boa safra

Fonte: Pixabay

A expectativa de um clima mais seco anima produtores de uva do Rio Grande do Sul. Os parreirais estão em fase de brotação e, com ou sem La Niña, eles esperam uma safra melhor que a do ano passado.

Esta fase da safra vai até a segunda quinzena de outubro e é uma das fases mais delicadas, porque doenças sempre podem aparecer e causar ferimentos nos ramos e bagas, trazendo perdas e comprometendo as safras futuras. “A brotação é um período crítico, principalmente em função da antracnose, que é uma doença de início de ciclo que ocorre geralmente em todos os pomares da região da Serra Gaúcha. Por causa disso, os produtores devem ficar atentos e monitorando essa doença pra evitar esses danos”, avaliou Fabiano Varela, técnico agrícola da Emater.

Em 2015, a cultura da uva foi uma das mais castigadas no Rio Grande do Sul em função de duas fortes geadas que praticamente acabaram com a produção em muitas regiões da serra.  Mas para este ano, a expectativa é bem diferente, segundo Fabiano. “A tendência é a gente manter ou até melhorar até a qualidade em relação às safras anteriores”, disse.

A perspectiva de clima para este ano, mesmo com o La Niña não confirmado, é de uma boa safra. “O tempo seco é melhor pra trabalhar, a planta responde mais. Vai ter menos gasto com defensivo e a qualidade vai ser melhor até por causa do calor e pelo fato de ter feito frio na hora certa” disse o produtor de uva Ronaldo Pedroti.

Apesar de estar otimista com o desenvolvimento e a qualidade, o produtor sabe que ainda não vai colher uma safra cheia. “Como veio aquela geada tardia o ano passado, ela queimou o primeiro broto, que é o broto mais forte. Acabou brotando esse segundo broto, mais fraco, que solta menos cacho de uva”, avaliou.