O primeiro parque de energia eólica gaúcho foi inaugurado em 2006, no município de Osório. Na época, eram apenas 25 aerogeradores. Depois, vieram mais 50. O crescimento da chamada energia limpa também a tornou uma das mais baratas nos leilões do governo.
— Já deixou de ser tão cara e agora está em fase bastante competitiva — afirma o secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento do RS, Mauro Knijnik.
O anúncio da construção da fábrica de aerogeradores é mais uma prova deste potencial.
— Nós temos 120 gigawatts de potencialidade. Em 2015, 2016, com os leilões já contratados, nós vamos fazer o primeiro giga. Isso dá escala de produção e na medida que tem escala de produção, nós podemos ter fábricas de aerogeradores e a partir de fábricas de aerogeradores, componentes de aerogeradores — comenta Junico Antunes, secretário adjunto de Desenvolvimento e Promoção do Investimento.
O governo do Rio Grande do Sul acaba de aprovar um projeto que prevê ainda mais investimentos e pesquisas em energia eólica.
O Ceará é o Estado que mais produz energia eólica no país, com 40% do total. A expectativa é de que em 2013 o país já esteja entre os 10 maiores produtores mundiais.
— O Brasil tem um grande potencial de ventos. O valor estimado é de 143 mil megawatts. Só para ter uma ideia, Itaipu, que é a segunda maior usina hidrelétrica do mundo, tem 14 mil megawatts. Então, nós estamos falando de 10 Itaipus de potencial de vento e um potencial ainda bastante conservador. Então, o Brasil tem na energia eólica uma fonte bastante interessante para complementar sua matriz, que é uma matriz renovável — explica o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim.