Entenda como a greve de caminhoneiros afeta o agronegócio

Já falta alimento para animais em propriedades rurais e nos centros de abastecimento de grandes cidades. Confira a lista de impacto gerado na cadeia do agronegócio

Fonte: Tomaz Silva/Agência Brasil

A greve de caminhoneiros que chega ao 4º dia nesta quinta-feira, dia 24, com fortes reflexos ao setor produtivo do agronegócio. Com a falta de transporte para produtos básicos, animais em granjas estão passando fome e frigoríficos estão paralisando os abates. Confira, abaixo, os principais impactos da greve dos caminhoneiros no agronegócio brasileiro:

Com paralisação, porto de Santos não recebeu nenhuma carga rodoviária

O complexo portuário de Santos não recebeu caminhões nesta quinta-feira em razão da paralisação dos caminhoneiros, que chegou nesta quinta-feira ao quarto dia, informou a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp). A média diária de chegada de caminhões ao porto é de 8 mil, mas pode alcançar 12 mil no pico de safra, segundo a Codesp. Conforme a companhia, a operação de embarque de navios continua enquanto houver carga armazenada, e a descarga deve seguir enquanto houver espaço nos pátios e armazéns.

Mais cedo, a Codesp disse em nota que a situação no Porto de Santos permanece semelhante aos dias anteriores, sem incidentes e sem congestionamento nas vias portuárias. Os manifestantes se concentram nas duas margens do porto (Santos e Guarujá), sem interdição ao tráfego de veículos leves.

Exportações de açúcar e etanol foram afetadas pela paralisação, diz Unica

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) informou nesta quinta-feira, dia 24, em nota, que as exportações brasileiras de açúcar e etanol e a produção de cana foram afetadas pela paralisação dos caminhoneiros. Segundo a principal associação de usinas do setor, embarques dos produtos são feitos utilizando estoques de terminais portuários, que “estão com níveis já perto do zero, fazendo com que navios nomeados fiquem esperando para atracar no porto de Santos”, informou.

“Caso não seja restabelecida a normalidade no abastecimento, todos os embarques de açúcar e etanol serão paralisados”, completou a Unica.

A Unica informou que dez usinas em São Paulo suspenderam a moagem da cana-de-açúcar e o comércio dos produtos. A suspensão ocorre por falta de diesel para o abastecimento de máquinas, bloqueios de caminhões que transportam a matéria-prima das lavouras para as usinas e também pela falta de veículos para a retirada do biocombustível e do açúcar para a comercialização.

Sindicato e produtor de aves de SC veem danos ‘irreparáveis’

O Sindicato das indústrias da carne e derivados e os produtores de aves de Santa Catarina divulgaram nota nesta quinta-feira, dia 24, na qual manifestam preocupação com as consequências, “algumas irreparáveis”, da continuidade da paralisação de caminhoneiros, que protestam contra a aumento do óleo diesel.

Na nota, o Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) e a Associação Catarinense de Avicultura (Acav) alegam que a paralisação da circulação de bens, mercadorias, matérias-primas e insumos nas rodovias estaduais e federais afetou toda a cadeia produtiva da carne, “forçando a suspensão das atividades de dezenas de indústrias frigoríficas e prejudicando as atividades pecuárias em mais de 20 mil propriedades rurais”.

O documento destaca que, no campo, os estabelecimentos rurais que atuam nas áreas de avicultura, suinocultura e bovinocultura leiteira deixaram de receber ração para nutrição animal, pintinhos e outros serviços e insumos, sendo obrigados a adotar a restrição alimentar em seus plantéis. Simultaneamente, a produção acabada não pode ser retirada. O prolongamento da greve colocou a base produtiva agropecuária em situação de gravíssimo risco, determinando a inutilização de milhões de litros de leite que já começam a ser descartados e colocando em sofrimento nutricional os animais.

Conforme as duas entidades, a ameaça atual e iminente é de perda massiva de ativos biológicos com início de mortandade nas principais regiões produtoras. Santa Catarina tem um plantel permanente de 5 milhões de suínos e 118 milhões de aves alojadas que, a partir de agora, entram em regime crítico de sobrevivência. Se esse quadro se confirmar poderá haver imprevisível impacto de ordem sanitária.

Viva Lácteos estima prejuízo de R$ 180 milhões por dia

A Associação Brasileira de Laticínios Viva Lácteos publicou em nota que a paralisação dos caminhoneiros resulta em prejuízo de R$ 180 milhões por dia para a cadeia produtiva do leite no Brasil, nesta quinta-feira, 24. A instituição, que representa os principais laticínios produtores e exportadores de lácteos do País, estima que 51 milhões de litros de leite deixem de ser captados a cada dia de greve.

Os produtores rurais contam com retiradas do leite a cada 48 horas e, por isso, já sentem as consequências da falta de escoamento do produto. O desabastecimento de insumos, combustível e embalagens também são razões para paralisações nas fábricas, de acordo com a Viva Lácteos.

A associação afirma que a indústria do setor está com sérias limitações para fazer cumprir com o fluxo de abastecimento, mas que busca alternativas para minimizar os prejuízos.

Sindilat diz que mais de 80% da captação de leite está comprometida no RS

O Sindicato da Indústrias de Laticínios do Rio Grande do Sul (Sindilat) informa que mais de 80% da captação de leite do Rio Grande do Sul está comprometida nesta quinta-feira (24/5). Segundo levantamento realizado com associados nesta manhã, várias empresas suspenderam integralmente a ação de caminhões nas diferentes rotas e aqueles que ainda estão operando o fazem com dificuldades e sob ameaça. Todos os dias, em condições normais, são captados 12,6 milhões de litros de cru de 65 mil propriedades rurais do Rio Grande do Sul.

Compreendendo as complicações e o prejuízo que a interrupção desse serviço traz aos produtores e à indústria, o Sindilat ingressou com ações na Justiça Estadual para desbloqueio das rodovias interditadas em movimento de caminhoneiros desde a segunda-feira (21/5). Ontem (23/5), a Justiça determinou a liberação de cargas de empresas associadas ao Sindilat em Cruz Alta e Ijuí. Soma-se ao movimento, liminar obtida nesta quinta-feira (24/5) pela Advocacia Geral da União (AGU) que permite a livre circulação nos estados do RS, SC e PR. Até este momento, o cumprimento das decisões judiciais para liberação dos caminhões ocorre de forma lenta e insuficiente para repor o fluxo de coleta no campo. O Sindilat recomenda a seus associados que, de posse das decisões acima citadas, solicitem a liberação das cargas retidas em diferentes rodovias.

CNA diz que produtor rural está sendo penalizado

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defende uma solução imediata para o bloqueio das estradas. “A paralisação já causa danos graves e, em alguns setores, irreparáveis à produção agrícola e pecuária do país”, disse em nota. Segundo o presidente da CNA, João Martins, a reivindicação por preços de combustíveis “mais justos e previsíveis” é correta, mas as perdas causadas pela greve “estão ficando insustentáveis e fora de controle”. “É preciso bom senso de todas as partes envolvidas para chegarmos a uma solução razoável”, afirmou.

De acordo com ele, o produtor rural é atingido duplamente. “Sofre com o alto custo do combustível, que encarece várias etapas da produção, e sofre com a greve que busca reduzir esse custo, que está impactando diretamente os produtores e causando enormes prejuízos. É urgente a redução das elevadas cargas tributárias federal e estadual que impactam a produção brasileira”, disse.

Embarque de café é prejudicado, diz Cecafé

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) disse que a greve dos caminhoneiros impacta diretamente o setor em todo o país. A entidade disse anida que, durante a entressafra do café neste período do ano, os embarques em maio representam cerca de 6 mil contêineres, o que equivale a uma receita de aproximadamente US$ 350 milhões que deixa de ser gerada para o país.

“Nossa entidade respeita os direitos da categoria, mas reafirma a importância da manutenção do fluxo do comércio do café. As graves consequências aos setores produtivos demonstram a necessidade urgente para que sejam tomadas as devidas medidas por parte do Governo Federal e dos Governos Estaduais”.

Cooperativa no RS paralisa atividades frigoríficos

A Cooperativa Languiru comunicou que a greve provocou a paralisação total das atividades no Frigorífico de Aves, em Westfália (RS), nesta quinta e sexta-feira, dias 24 e 25 de maio. Além disso, nesta sexta-feira, dia 25, a medida de paralisação será ampliada para o Frigorífico de Suínos da cooperativa em Poço das Antas. 

Com isso, estão paralisadas todas as atividades de abate de aves e de suínos nos frigoríficos da Languiru. Os Postos de Combustíveis da cooperativa, em Teutônia e Westfália, também sofrem com a falta de combustíveis.

Efeito do movimento grevista dos transportadores, a Cooperativa Languiru disse que enfrenta dificuldades com o desabastecimento da matéria-prima e dos insumos necessários na industrialização de seus produtos, bem como dificuldades de escoamento dos produtos acabados aos pontos de venda, ocasionando, ainda, o exaurimento da capacidade de estocagem nas Centrais de Distribuição.

Abate de animais está sendo prejudicado

O transporte de bovinos para abate segue prejudicado com a greve dos caminhoneiros, informa a Scot Consultoria, em nota. Sem condições de adquirir matéria-prima, alguns frigoríficos  suspenderam todos os processos industriais e outros estão abatendo somente o gado que está no curral ou próximo da indústria, diz a Scot. “Além dos efeitos no processo de industrialização, a greve também afetou o escoamento da carne, e alguns frigoríficos estão com os estoques cheios.” 

A consultoria acrescenta: “O reflexo sobre o preço da carne para o consumidor dependerá do estoque no varejo. Mas se a greve perdurar, o abastecimento de carne pode ser afetado.”

Sucroalcooleiras na B3 não se pronunciam

Os três grupos produtores de etanol com capital aberto e ações negociadas na B3 – Cosan/Raízen Energia, São Martinho e Biosev -, além da Bunge Açúcar e Bioenergia, que protocolou um prospecto para possível Oferta Pública de Ações (OPA), evitaram comentar os impactos nas operações na paralisação nacional de caminhoneiros. Apenas a São Martinho, por meio da assessoria de comunicação, informou que “está acompanhando a greve dos caminhoneiros, mas continua operando normalmente”.

A Bioesev e a Bunge Açúcar e Bioenergia informaram que não farão comentários sobre as paralisações. A Raízen Energia relatou que as informações sobre o movimento seriam dadas pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), principal entidade de classe do setor. 

Movimentação de granéis cai 27% em Paranaguá

A paralisação dos caminhoneiros reduziu em 27% a movimentação diária de granéis no Porto de Paranaguá, de 150 mil para 110 mil toneladas nesta quinta-feira, disse a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), em nota. 

“Depois de quatro dias de paralisação total das atividades rodoviárias, os estoques de grãos para exportação nos armazéns estão a 51% da capacidade total do porto”, informou a Appa. “Deste modo, o porto registrou uma queda nas exportações de granéis de 15 mil toneladas por dia, passando de 85 mil para 60 mil toneladas diárias.”

Já a importação de fertilizantes foi interrompida em berços de atracação em que o transporte da carga é feito por caminhões, segundo a Appa. Apenas os berços que operam com esteiras continuam funcionando. “A movimentação de desembarque de fertilizantes caiu de 25 mil toneladas ao dia para 10 mil toneladas”. 

Entidade gaúcha cobra solução do governo

Em nota emitida nesta quinta, a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro-RS) reforça seus receios em relação aos desdobramentos da greve dos caminhoneiros e exige do governo federal “uma solução imediata”. “Que o governo tenha efetivamente um canal de negociações com as lideranças do movimento e que o bom senso prevaleça e resolva a situação, evitando o colapso no abastecimento para a população brasileira”, diz o presidente da federação, Paulo Pires, na nota.

Preço médio das hortaliças aumenta 70% na Ceasa do Rio de Janeiro

A Central de Abastecimento do Rio de Janeiro (Ceasa-RJ) recebeu somente 50 caminhões na manhã desta quinta-feira. O movimento representa apenas 10% do número que chega à central em um dia comum e teve reflexo nos preços dos produtos disponíveis. O valor médio das hortaliças, por exemplo, aumentou cerca de 70%, segundo a central de abastecimento.

JBS paralisa unidades de carne bovina, aves e suínos

A JBS informou que também está adotando medidas em suas operações (fábricas) e logística que inclui a paralisação de algumas unidades da empresa que produzem carne bovina, aves e suínos.

Usinas do Paraná suspendem venda de etanol e plantio de cana

Usinas do Paraná suspenderam a venda de etanol, além do plantio e tratos culturais de cana-de-açúcar por causa da paralisação dos caminhoneiros no país. 

O estado tem 25 unidades produtoras de etanol e ao menos três delas já reduziram também o ritmo de processamento da matéria-prima para racionalizar o diesel utilizado no abastecimento de veículos na operação de colheita, carregamento e transporte.

Já as operações de plantio e cultivo de cana foram paradas para que a colheita da cultura seja uma prioridade.

Animais estão há mais de 50 horas sem alimentação, diz ABPA 

Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) alertou nesta quinta que há relatos de produtores com caminhões transportando animais parados em bloqueios em todo o país. Em alguns deles, os animais estão com mais de 50 horas sem alimentação.  

“A cadeia produtiva da avicultura e da suinocultura do país iniciou o dia com 120 plantas frigoríficas paradas – produtoras de carne de frango, perus, suínos e outros. Mais de 175 mil trabalhadores estão com atividades suspensas em todo o país”, afirmou em nota.

Ração animal não chega nas propriedades rurais

Os pecuaristas do Brasil continuam sentindo os impactos da paralisação dos caminhoneiros. Um dos principais entraves se refere ao transporte de milho, farelo de soja e aditivos, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).

“A continuidade e recrudescimento da mobilização dos caminhoneiros pode comprometer sobremaneira a entrega das rações e sal mineral para animais de produção, além dos alimentos para cães e gatos”, disse a entidade.

Paralisação afeta coleta do leite em propriedades rurais

A greve nacional dos caminhoneiros segue prejudicando a coleta de leite e  atividades da indústria da multinacional francesa, Lactalis.

“Poderemos ter interrupção da coleta do leite nas propriedades em várias regiões do país, eis que a situação infelizmente fugiu ao nosso alcance”, informou.

SC: atividade pecuária em mais de 20 mil propriedades rurais é afetada

Segundo o Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne) e a Associação Catarinense de Avicultura (Acav), mas de 20 mil propriedades rurais estão com as atividades pecuárias prejudicadas.

As entidades explicam que os estabelecimentos que atuam nas áreas de avicultura, suinocultura e bovinocultura leiteira deixaram de receber ração para nutrição animal, pintinhos e outros serviços e insumos, sendo obrigados a adotar a restrição alimentar em seus plantéis. 

“A ameaça atual e iminente é de perda massiva de ativos biológicos com início de mortandade nas principais regiões produtoras. Santa Catarina tem um plantel permanente de 5 milhões de suínos e 118 milhões de aves alojadas que, a partir de agora, entram em regime crítico de sobrevivência. Se esse quadro se confirmar poderá haver imprevisível impacto de ordem sanitária”, explica a nota.

Maior cooperativa de café do mundo paralisa atividades

A Cooxupé, maior cooperativa de café do mundo, está com as atividades paralisadas. Segundo o presidente da entidade, Carlos Paulino, o produto não está  sendo exportado por conta da falta de caminhões.

Abiove propõe aumentar biodiesel no combustível para resolver crise 

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), propôs um aumento na mistura de biodiesel no Centro-Oeste como forma de forçar uma redução no preço do combustível. A proposta específica para a região se justifica por ser onde se concentram os estados com a maior produção de soja do país, o que daria capacidade para suprir a demanda. 

De acordo com a Abiove, o setor tem capacidade de fornecer biodiesel suficiente para elevar a mistura com o diesel dos atuais 10% para 15%. A entidade estima que a medida, no curto prazo, pode levar a uma redução de R$ 0,10 por litro nas bombas dos postos da região Centro-Oeste e, por consequência, levar a uma redução no restante do país.

Marfrig suspende produção de unidades frigoríficas

A Marfrig Global Foods afirmou que, em função da greve dos caminhoneiros, deve reduzir e até suspender temporariamente sua produção em algumas unidades devido a problemas para transportar as mercadorias. A companhia, porém, não informou onde estão e quais são as unidades que serão atingidas.

Ato de caminhoneiros faz BRF paralisar quatro unidades

A BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, informou na manhã desta quarta-feira suspendeu a atividade de quatro unidades de abate de frangos e suínos. As plantas ficam em Nova Marilândia (MT), Dois Vizinhos (PR), Toledo (PR) e Campos Novos (SC). O motivo é falta de insumos e de animais para abate e de caminhões para escoar os produtos processados.  Confira a reportagem completa.

Prejuízo no setor de carnes atinge US$ 60 milhões

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informaram nesta quinta que 129 unidades produtivas das empresas associadas de carnes bovina, suína e de aves estão paralisadas na data desde quarta-feira, com previsão de que, até a sexta, 25, mais de 90% da produção de proteína animal seja interrompida caso a situação não se normalize, somando mais de 208 fábricas de diversos portes paradas no Brasil.

Com os bloqueios, deixaram de ser exportadas 25 mil toneladas de carne de frango e suínos, o equivalente a uma receita de US$ 60 milhões que deixa de ser gerada para o país. No caso da carne bovina, são cerca de 1200 containers que deixam de ser embarcados por dia.

Com greve, suínos ficam sem ração e morrem em Mato Grosso 

Em Mato Grosso, a greve dos caminhoneiros fez faltar ração para produtores abastecerem as granjas de aves e suínos. Fernando Takeuti, diretor de uma granja localizada em Diamantino, no norte do estado, conta que há dois dias não recebe grãos para alimentar 200 mil suínos e já há registro de morte de animais no plantel. Veja a entrevista.

Entrega de boiadas está paralisada

O mercado do boi gordo ficou sem referência nesta quarta-feira. A greve dos caminhoneiros paralisou tanto a entrega de boiadas como o escoamento da produção dos frigoríficos. Veja entrevista com a analista da Scot Consultoria, Marina Zaia.

A greve de caminhoneiros que chega ao 4º dia nesta quinta-feira com fortes reflexos ao setor produtivo do agronegócio.  Com a falta de transporte para produtos básicos, animais em granjas estão passando fome e frigoríficos estão paralisando os abates. Confira, abaixo, os principais impactos da greve dos caminhoneiros no agronegócio brasileiro: