A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) analisou os casos de lagartas quem estão preocupando produtores do Mato Grosso por derrubar espigas de milho nas lavouras. De acordo com o órgão, não há motivos para alarde, já que o inseto é um velho conhecido e ainda não pode ser considerado uma praga.
Na última semana, o Canal Rural mostrou os estragos que as lagartas elaphria causaram em uma lavoura em Nova Mutum (MT). As espigas atacadas caíram do pé voluntariamente e muitos agricultores chegara a pensar que se tratava de uma praga nova, mas a hipótese foi negada pela pesquisadora Silvana Paula Moraes, da Embrapa Cerrados.
“A elaphria é um grupo de lagartas que são registradas em todo o continente americano. Ela é conhecia por ser uma espécie que apresenta algumas características diferentes, como a preferência marcante pela matéria seca, quando se alimenta de um material já bastante desidratado”, disse Silvana.
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A especialista destaca ainda que não há motivos para alarde. Segundo ela, mesmo que a mariposa elaphria seja detectada nas lavouras, isso não quer dizer que há riscos dela virar uma praga. “Algumas espigas caídas não podem, necessariamente, justificar uma aplicação de inseticida. Porque, muitas vezes, não vai pagar o que você está usando”, falou a pesquisadora, que alertou ainda para a não existência de nenhum produto registrado contra a praga.
A recomendação da especialista para manter a lagarta sob controle é monitorar as lavouras com frequência. “Antes da colheita, fazer um caminhamento diagonal, dividir as áreas dentro de um tamanho possível e selecionar 10 pontos de amostragem. Inspecionar cinco plantas pra ver como está essa infestação.”
A principal preocupação dos produtores é de que a lagarta migre das lavouras de milho para a soja. Segundo a Embrapa, essa migração pode ocorrer, mas, de acordo com Silvana Paula Moraes, é “importante destacar que em todos os levantamentos realizados em campo, não foram detectadas ocorrências impactantes de elaphria em campos de soja”.
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