PIB da agropecuária sobe 1,4% no 1º trimestre

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o agro foi o setor da economia que mais avançou no período

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve alta de 0,4% no primeiro trimestre de 2018, na comparação com o último trimestre de 2017. O indicador foi divulgado na manhã desta quarta-feira, dia 30, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mede a soma das riquezas produzidas no país em janeiro, fevereiro e março.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, a economia brasileira também cresceu nos meses pesquisados, com uma variação de 1,2%.

Este foi o quinto resultado positivo após oito quedas consecutivas nesta base de comparação. Em valores correntes, o Produto Interno Bruto brasileiro somou  R$ 1,641 trilhão no primeiro trimestre de 2018.

Agropecuária
O setor da economia que mais avançou foi a agropecuária. A atividade interrompeu três trimestres seguidos de resultados negativos e cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2018 ante o trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o PIB da mostrou queda de 2,6%.

Os resultados da indústria e do setor de serviços ficaram perto da estabilidade, com variação positiva de 0,1%.

Greve dos caminhoneiros
A greve dos caminhoneiros, que chega ao décimo dia, deve afetar o Produto Interno Bruto, segundo pesquisadoras do IBGE. A gerente de contas nacionais trimestrais, Claudia Dionísio, disse que o impacto da greve começará a aparecer nas pesquisas conjunturais que serão divulgadas em junho.

“Como é tudo interligado, sabemos que vai afetar um pouco de cada coisa. Mas, o quanto vai a gente tem que mensurar para saber. Vai afetar como um todo”, disse.

A coordenadora de contas nacionais, Rebeca Palis, também avaliou que o impacto deve se disseminar desde os preços até a atividade econômica. “Vai afetar a economia toda. E existe um efeito cadeia que, às vezes, não é imediato”, afirmou.

A pesquisadora aponta que, logicamente, os números do comércio e do transporte de carga devem estar entre os mais impactados e prevê também reflexos no comércio exterior. “A gente sabe que o comércio exterior vai ser afetado nas duas pontas, tanto na exportação quanto na importação”, finalizou.