Vendas de fertilizantes caem 13% em fevereiro

A demanda neste momento é basicamente pelo setor de cana-de-açúcar e algumas compras pendentes para a segunda safra de grãos

Fonte: Central Agro/divulgação

A venda de adubos em fevereiro caiu 13,2% frente a janeiro deste ano, totalizando 2,12 milhões de toneladas, segundo a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Com isso, no primeiro bimestre de 2018, foram entregues 4,56 milhões de toneladas , queda de 1,9% frente ao mesmo período do ano passado.

A demanda neste momento é basicamente pelo setor de cana-de-açúcar e algumas compras pendentes para a segunda safra de grãos. A expectativa é de baixa movimentação no mercado interno em curto prazo, com a procura aumentando a partir de maio.  

“Com relação aos preços, destacamos a alta dos adubos fosfatados em fevereiro e março deste ano, com destaque para o fosfato monoamônico (MAP) e o fosfato diamônico (DAP), em função de uma oferta mais ajustada no mercado interno, além do cenário de preços mais firmes no mercado internacional”, explica o analista da Scot Consultoria Rafael Ribeiro.

Em São Paulo, segundo levantamento da consultoria, o MAP está cotado, em média, em R$ 1.821,00 por tonelada, sem o frete. Houve alta de 14,5% no acumulado de 2018. Em relação ao mesmo período de 2017, o insumo está custando 13,7% mais este ano. Na média, as cotações dos adubos fosfatados subiram 5,5% em março, na comparação mensal.

No caso dos fertilizantes nitrogenados e potássicos, os aumentos médios foram de 0,5% e 0,4%, respectivamente, neste mesmo período.

Para 2018, a expectativa é de preços de adubos em patamares maiores que os verificados em 2016 (ano de queda nas cotações, atípico) e 2017, quando os preços no mercado interno andaram praticamente de lado.  

Do lado da oferta mundial, o cenário está mais ajustado e os preços estão mais firmes no mercado internacional.

Com relação à demanda, a expectativa para 2018 é de um volume entre 34 e 35 milhões de toneladas entregues ao consumidor final, frente ao recorde no ano passado, de 34,44 milhões de toneladas.

Por fim, Ribeiro diz que não estão descartadas altas de preços no mercado de fertilizantes em médio e longo prazos. “Desta forma, é preciso analisar a possibilidade de antecipar as compras dos adubos que serão utilizados no segundo semestre”, pontua.