Preços do arroz e trigo devem permanecer em baixa no curto prazo

Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação divulgaram relatório sobre as perspectivas 2016-2025 para o setor agrícola no mundo

Fonte: Pixabay

Os preços internacionais do arroz e do trigo devem permanecer sob pressão baixista no curto prazo em virtude dos grandes estoques globais e da fraca demanda. Ao mesmo tempo, o menor custo da ração deve resultar em um maior número de animais em granjas, de acordo com um documento divulgado nesta segunda, dia 4, pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), em relatório sobre as perspectivas 2016-2025 para o setor agrícola no mundo. 

Os preços do trigo e do arroz têm tido desempenhos abaixo do mercado, por causa de estoques amplos e menor demanda. Os preços de referência do trigo estão projetados em uma média de US$ 211,70 a tonelada em 2017, abaixo do preço médio previsto para este ano de US$ 216,50 a tonelada, segundo as organizações.

O arroz produzido pela Tailândia deve ter uma cotação média de US$ 407,60 a tonelada no próximo ano, ligeiramente superior aos US$ 399,60/t previsto para 2016. Os preços dos grãos – que incluem outros cereais normalmente utilizados para alimentação animal ou fabricação de cerveja – também devem ficar pressionados no curto prazo, de acordo com o relatório. 

Os destaques de produtos em alta são os suínos, por causa de uma escassez do produto na China, e do açúcar, que tem experimentado um declínio da produção em virtude dos efeitos das condições climáticas intempestivas. No entanto, os preços da carne podem vir a recuar no curto prazo com produtores respondendo a baixa dos preços dos grãos para alimentação animal e aumentando a oferta de aves e suínos no mercado, de acordo com o relatório. 

Já para o algodão os preços devem recuar e estão 4% mais baixo do que há 12 meses. “Os estoques mundiais do algodão atingiram mais de 80% do consumo anual. Em virtude deste atual excesso de oferta no mercado, os preços são projetados para diminuir entre 2016 e 2018”, disse o relatório, mas depois disso, preços mais elevados deve ser visto. 

Lácteos

demanda per capita de lácteos em países em desenvolvimento deve crescer significativamente no médio prazo, sustentada pelo aumento do poder aquisitivo desta população e também pela queda dos preços globais dos derivados do leite, abaixo dos picos de 2013, afirma o relatório.

“Um forte aumento do consumo é esperado em diversos mercados no Oriente Médio e na Ásia, incluindo Arábia Saudita, Egito, Irã e Indonésia, com o consumo per capita de lácteos crescendo entre 0,8% a 1,7% por ano”, afirma o coumento.

Ainda de acordo com os dados, o consumo nos países desenvolvidos deve crescer anualmente cerca de 0,5% para os lácteos frescos e 1,1% para leite em pó desnatado.

Paralelamente, a produção mundial de leite deve aumentar em 23% até 2025, em comparação com a produção média entre os anos de 2013 e 2015.