Com diminuição de pastagem, rebanho do Brasil cresceu 50% em 27 anos

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, ressaltou no Fórum Global para a Alimentação e a Agricultura, na Alemanha, que o Brasil tem buscado respostas para produzir mais alimentos de maneira sustentável

Fonte: Iepec/divulgação

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou nesta quinta-feira, dia 18, ao participar do Fórum Global para a Alimentação e a Agricultura, em Berlim, na Alemanha, que o Brasil tem buscado respostas para produzir mais alimentos de maneira sustentável.

Um dos desafios debatidos durante o evento na capital foi encontrar soluções sustentáveis para produzir alimentos até 2030, quando o crescimento populacional deverá ser de mais 1 bilhão de pessoas, conforme previsão da previsão da Organização das Nações Unidas (ONU).

“O exemplo inovador do Brasil, aliando produção e sustentabilidade, poderá minimizar os efeitos do aquecimento global, conservar a biodiversidade e contribuir para a segurança alimentar e para a qualidade de vida no planeta”, disse o ministro.

Segundo Maggi, a legislação ambiental brasileira estabeleceu regras específicas para a atividade agropecuária, definindo, inclusive, áreas de preservação ambiental envolvendo rios, topo de morros e encostas. “A legislação ambiental brasileira é uma das mais rígidas e exigentes, principalmente com os produtores rurais”, afirmou.

Em discurso, o ministro destacou que a intensificação do uso de tecnologias na agropecuária brasileira contribuiu para o aumento da produção e a redução das áreas destinadas ao setor. “O rebanho brasileiro aumentou de 145 milhões em 1990, para 218 milhões em 2017, reduzindo o tamanho da área de pasto, no período, de 188 milhões de hectares para menos de 167 milhões”, acrescentou.

No caso da agricultura, Maggi disse que o resultado foi mais significativo, com incremento na produção de grãos de 386% em 40 anos, enquanto o aumento de área foi de 33%. “O uso de tecnologia e da inovação em ambiente tropical, propiciou plantio de duas safras por ano com a fixação biológica de nitrogênio e o plantio direto”.

No entanto, Maggi ressaltou que “campanhas mal-intencionadas de competidores ineficientes tentam denegrir a trajetória mais vitoriosa de um país tropical no mercado internacional agropecuário”.