Baristas estrangeiros conhecerão regiões brasileiras de cultivo de café

Excursão será realizada de 24 a 31 de julho e passará por fazendas de Minas Gerais e do Espírito Santo

Oito renomados baristas internacionais, campeões e vice-campeões das duas principais competições mundiais do segmento, vão viajar durante uma semana para três regiões de cultivo de café no Brasil. Na excursão, que será realizada de 24 a 31 de julho, esses profissionais, especializados em cafés de alta qualidade – e que criam novas bebidas com base em café, conhecerão cidades de Minas Gerais e do Espírito Santo, visitarão fazendas, plantações e terão contato com produtores locais. 

A chegada será em Vitória, seguindo para Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo. De lá irão para o Alto Caparaó, em Minas Gerais, e conhecerão as fazendas Primavera, em Angelândia, e Matilde, em Capelinha, ambas do grupo Montesanto Tavares. O roteiro termina em Belo Horizonte, onde conhecerão a Wäls e a Academia do Café.

“Queremos apresentar a esses conceituados baristas a qualidade do nosso grão e toda a cadeia produtiva do café brasileiro. Ao mesmo tempo, queremos que os produtores conheçam esses profissionais que promovem o grão especial em todo o mundo”, informa em comunicado Bruno Tavares, CEO da Ally Coffee, empresa que atua como importadora e distribuidora de café no mercado americano e europeu e que promove a iniciativa.

Os baristas Berg Wu, de Taiwan, Tetsu Kasuya, do Japão, Lemuel Butler e Andrea Allen, ambos dos Estados Unidos, são ganhadores de concursos realizados nos Estados Unidos e na Irlanda. Além deles, devem vir: Todd Goldsworthy (EUA); James Tooill (EUA); Tony Querio (EUA) e Kyle Belinger (EUA).

A trading Ally, ao lado da Atlântica Coffee, Cafebrás, InterBrasil Coffee, localizadas no Brasil, compõe o grupo Montesanto Tavares, que atua há 12 anos no mercado nacional e internacional, na produção, exportação, importação, transporte e armazenagem do grão. 

O grupo cultiva 3,2 mil hectares com café, distribuídos entre as cidades mineiras de Pirapora, Angelândia, Capelinha e Ninheira e no município baiano de Luís Eduardo Magalhães. 

Concurso de grãos especiais

A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês) informa que estão abertas as inscrições para o Cup of Excellence – Brazil 2016, principal concurso de qualidade do país. A partir deste ano, a entidade unificará a avaliação dos cafés “naturals” (naturais, secos com casca) e dos “pulped naturals” (cerejas descascados/despolpados) na mesma edição e também criará duas categorias de vencedores: Cup of Excellence Winners e National Winners.

“O objetivo da alteração é otimizar o processo do certame, padronizando-o com o modelo dos demais concursos do setor, e antecipar a chegada dos cafés naturais ao mercado, que vinham mais tardiamente em função de o leilão ocorrer muito depois”, informa em comunicado a diretora da BSCA, Vanusia Nogueira.
 
Segundo Vanunsia, o Cup of Excellence também passará a reconhecer a qualidade dos cafés especiais que se enquadram em uma escala de pontuação reconhecida mundialmente mas que, no Brasil, em virtude da elevação do nível de corte para 86 pontos na escala de zero a 100 do concurso, não participavam do leilão dos vencedores. 

“Os cafés naturais e cerejas descascados que tiverem notas entre 84 e 85,99 pontos serão eleitos National Winners, possibilitando que tenham uma remuneração condizente com a qualidade que têm. Já os Cup of Excellence Winners serão os cafés campeões do concurso, que serão os com notas iguais ou superiores a 86 pontos”, revela.
 
Com a novidade, a BSCA informa que serão realizados quatro leilões online para a aquisição dos vencedores. “Os dois leilões dos Cup of Excellence Winners, para cafés naturais e despolpados, seguirão no mesmo formato realizado até o ano passado. O preço mínimo de abertura será de US$ 5,50 por libra peso, ou US$ 727,50 por saca de 60 kg. Já os dois leilões dos National Winners terão duração de 15 dias e o preço de abertura está estipulado em US$ 3,50 por libra-peso, o que equivale a cerca de US$ 463 por saca”, explica a diretora.