Inseticida ajuda a eliminar bicho mineiro do café

Produto pode ser pulverizado tanto no solo quanto na folha e não oferece risco ao meio ambiente

Fonte: Henrique Bighetti/Canal Rural

A Bayer apresentou o inseticida Sivanto Prime 200SL, que, de acordo com a empresa, possui grande eficiência no combate ao bicho mineiro do café, praga que pode reduzir a produtividade entre 30% e 40%. Quem mais sofre com esse inseto praga é a variedade arábica, espécie mais produzida no Brasil.

De acordo com estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o bicho mineiro se instala nas folhas dos cafeeiros, deixando um buraco e uma cor de ferrugem na superfície. Um ataque desse inseto causa uma considerável perda de folhas, que ficam desidratadas, secas e fracas, trazendo enormes prejuízos para os cafeicultores. Estudos comprovaram que a capacidade produtiva do cafeeiro pode ser reduzida em até 80%, conforme a região, a época e a intensidade da ação do inseto.

Fábio Maia, gerente de Marketing da Bayer para Frutas e Vegetais, Café, Citrus e Tabaco, explica que o princípio ativo de Sivanto possui um modo de ação diferenciado, pois age dentro do sistema nervoso do inseto. “Não existe nenhum produto no mercado com esta tecnologia. Outro diferencial é que ele pode ser pulverizado tanto no solo quanto na folha, único do mercado com esta característica, facilitando o manejo do cultivo”.

A Bayer afirma que seguindo as recomendações do engenheiro agrônomo e constantes em bula para a sua aplicação, “o produto não oferece risco ao meio ambiente e insetos benéficos, isto é, aos inimigos naturais do cultivo, como joaninhas e vespas, que fazem a predação natural no café”, pontua o executivo.

Antes do produto chegar ao campo, a empresa acompanhou seus resultados em 50 áreas demonstrativas nas regiões do Cerrado Mineiro, Mogiana e Alta Paulista. “Obtivemos resultados expressivos quando o Sivanto foi aplicado na planta. Se compararmos o manejo sem o inseticida, tínhamos 17% de folhas com minas vivas, que, depois da aplicação de Sivanto, identificamos a redução de quase 100% dessas minas”, comemora Maia.