Oferta limitada mantém café robusta em patamar recorde

Mesmo com as altas nos preços, a liquidez está baixa, com negociações ocorrendo de forma pontual e envolvendo pequenos lotes

Fonte: Roberta Silveira/Canal Rural

No mercado brasileiro, os preços do café robusta seguem em alta. Segundo agentes consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), não há precisão de baixa no curto prazo, já que a colheita está praticamente finalizada e a oferta, restrita. 

Mesmo com as altas nos preços, a liquidez está baixa, com negociações ocorrendo de forma pontual e envolvendo pequenos lotes. 

Colaboradores do Cepea afirmam que a oferta reduzida tem feito com que compradores de robusta (em geral, as indústrias) tentem adquirir o grão diretamente no interior do Espírito Santo, limitando o volume de café que chega à capital Vitória para prova. 

Para compor os blends, as indústrias também têm aumentado a procura por cafés arábicas mais fracos, como 600 e 800 defeitos, e pelo arábica tipo 7 (bebida rio).

Nesta quarta-feira (29), o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 418,58 por saca de 60 kg do café robusta, aumento de 4,8% na parcial deste mês.

Tal valor é o patamar recorde, em termos reais (valores foram deflacionados pelo IGP-DI), da série de preços mensal do Cepea, iniciada em 2011. Se considerados os últimos sete dias, o aumento foi de 1,16%.