BBM negociará trigo e milho em pregão eletrônico

Instituição também realizará leilões privados de arroz em casca no Rio Grande do Sul 

Fonte: Danoil Bianchi/Arquivo Pessoal

O presidente da Bolsa Brasileira de Mercadorias (BBM), Giuliano Ferronato, declarou que vai lançar um programa para comercializar trigo e milho por meio de pregão eletrônico ainda em 2015, dentro de dois ou três meses, nos moldes da iniciativa apresentada nesta segunda, 31, para o arroz em casca.

– Já estamos conversando com instituições parceiras da iniciativa e certamente o programa para o trigo e milho será apresentado ainda este ano – afirmou Ferronato. 

Mais cedo, a BBM apresentou o programa Arroz na Bolsa, dentro do qual serão realizados leilões privados de arroz em casca por meio de pregão eletrônico. A iniciativa será implementada através de convênio da BBM com a Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz), o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga), a Emater-RS, o banco Banrisul e a Banrisul Corretora.

Com o programa, a BBM espera ampliar o mercado dos produtores de arroz do Rio Grande do Sul para outros Estados, que até então comercializavam quase a totalidade de sua produção, 8,5 milhões de toneladas, dentro do próprio Estado.

Segundo Ferronato, a BBM deve realizar leilões quinzenais, nos quais serão comercializados 100 mil sacas de 50 quilos por vez (cerca de 5 mil toneladas por leilão, 10 mil t por mês). O primeiro acontecerá no dia 15 de setembro.  

– Em dois anos esperamos comercializar [por meio de leilões em pregão eletrônico] 5% da produção do Rio Grande do Sul, ou seja, aproximadamente 400 mil toneladas – disse o presidente da BBM. A produção anual de arroz do Brasil é de 13 milhões de toneladas. 

As conversas com as entidades parceiras que participarão do programa voltado ao trigo estão em estágio avançado. A Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul) deve integrar o projeto como entidade representativa do setor, acompanhada das demais que já fazem parte do convênio relativo ao arroz. No caso do milho, a entidade ou associação do setor ainda não foi definida.