Europa amplia compras de frango e açúcar do Brasil

Acordo passou a valer no último sábado e amplia ainda mais a participação brasileira neste importante mercado

Fonte: Cidasc/divulgação

Um novo acordo entre Brasil e a União Europeia ampliou as cotas de importação de açúcar e frango para o bloco econômico.  A partir do último sábado, dia 1, passaram a vigorar as mudanças no regime de importação. No acordo, a UE se comprometeu a acrescentar mais 78 mil toneladas à cota de açúcar bruto e 4,7 mil toneladas de carnes de aves à cota brasileira.

Segundo a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a cota adicional de 78 mil toneladas se somará à atual, de 310.124 toneladas. As importações realizadas por meio do volume adicional terão tarifa de 11 euros por tonelada nos próximos seis anos. No sétimo ano, a tarifa passará a 54 euros por tonelada e, a partir do oitavo ano, será de 98 euros por tonelada, que é a mesma cobrada nas importações da cota original.

As negociações com o bloco europeu também resultaram no acréscimo de 36 mil toneladas para a cota destinada a todos os países, a qual o Brasil também tem acesso. Essa cota atualmente é de 336.876 toneladas. A tarifa para as importações dentro da referida cota é de 98 euros por tonelada.

Historicamente, o Brasil tem sido o principal fornecedor de açúcar bruto de cana para a UE. Em 2016, o país exportou 542 mil toneladas do produto para o bloco, o equivalente a 188 milhões de euros.

Em 1º de julho de 2013, com a entrada da República da Croácia na União Europeia, o bloco europeu passou a contar com 28 membros. O regime de importação de açúcar da Croácia era mais favorável à importação de açúcar brasileiro que o regime da UE. De forma a cumprir as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), UE e Brasil iniciaram negociações de compensação, que foram concluídas no ano passado.

Cortes

O acréscimo de 4.766 toneladas à cota específica do Brasil de certos cortes de frango, com tarifa 0%, adiciona-se às 2.332 toneladas atualmente liberadas para aquele mercado. Também houve acréscimo de 610 toneladas à cota do Brasil de certos cortes de peru, que hoje é de 4.300 toneladas, também com tarifa 0%.