Investir em melhoramento genético garante aumento de 15% a 20% no peso do bezerro na desmama, segundo dados divulgados nesta terça, dia 18, no 9º Congresso Brasileiro das Raças Zebuínas, que acontece durante a ExpoGenética 2015, em Uberaba, Minas Gerais.
O melhoramento genético em fazendas de cria também pode reduzir o custo de produção do bezerro e favorecer a qualidade do produto.
– O processo de produção da pecuária de corte exige que o pecuarista faça todos os investimentos muito bem sincronizados. É preciso investir no manejo de pastagem, na genética na suplementação, tudo mais ou menos ao mesmo tempo. Se eu esquecer de um desses itens, automaticamente os ganhos que eu tenho com genética são neutralizados por mal uso da suplementação, ou pelo mal uso das pastagens, ou vice-versa. Então, é um sistema que exige uma sincronia muito fina – diz o professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, Sergio de Zen.
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Outro fator importante na utilização da tecnologia é a melhora da fertilidade das matrizes do rebanho. Isso resulta no aumento do índice de prenhez das fêmeas e no número de bezerros nascidos na propriedade.
– O ideal seria que essa fêmea parisse um bezerro ao ano. Nesse sistema que está controlado, o pecuarista consegue eliminar as fêmeas que não atingem essa meta e, consequentemente, a produtividade das fêmeas também melhora – afirma Zen.
Leite
Já na pecuária leiteira, a expectativa é de um ganho de 30% a 40% no volume de produção da fêmea, no intervalo de uma geração. Mas para a pesquisadora do Instituto de Zootecnia Leniara Zadra, a grande dificuldade no setor do leite está na falta de informações sobre o desempenho animal.
– Às vezes você consegue uma informação e você vai ver que aquela informação é apenas parcial do rebanho do produtor. Isso tudo acaba sendo um entrave para descobrir qual é o rumo que nós temos que seguir, e na parte econômica isso é primordial – diz.
