O Mais Milho encerrou a segunda temporada da série, que percorre os principais estados produtores do grão, apontando para o futuro do agronegócio brasileiro. Em Rondonópolis (MT), o programa mostrou a “agricultura 4.0” que vem revolucionando as lavouras do país e trazendo os jovens de volta para o campo.
A expressão é uma analogia a chamada “indústria 4.0”, na qual a evolução tecnológica vem cada vez mais conectada e monitorada em tempo real. No campo não é diferente. A equipe de reportagem do programa mostrou a aplicação do Climate Field View, uma plataforma digital que coleta e processa dados do plantio à colheita.
A tecnologia aplicada de forma online não só ajuda no planejamento das próximas safras, mas corrige erros do processo em tempo real, evitando perdas e aumentando a produtividade da lavoura.
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“O agricultor consegue identificar muito rapidamente falhas de plantio, umidade das sementes, verificar a performance de cada híbrido. Para cada metro quadrado da propriedade, ele consegue correlacionar todas as variáveis, entender se em determinado talhão aquele híbrido teve a evolução esperada relacionando com a data de plantio, população, manejo fitossanitário e fertilidade”, afirma Mateus Barros, líder da Climate Corporation na América do Sul.
A fazenda
A tecnologia está sendo aplicada pela segunda safra na fazenda e os resultados estão superando as expectativas. “Cem por cento do nosso milho foi plantado com o Climate Field View. A colheita também é em tempo real. Ela pode estar acontecendo a mil quilômetros e eu consigo acompanhar no meu smartphone. O nosso operador tem online a produtividade instantânea, georreferenciada, umidade do grão, quantas sacas por hectare, informação precisa para a nossa tomada de decisão”, conta Tajes Martinelli, gerente da propriedade.
Jovens
Outro fenômeno que vem ocorrendo é a ligação dos jovens com as novas tecnologias, relação que vem atraindo e mantendo as novas gerações na lavoura. Um exemplo é o Felipe Henrique que, com apenas 22 anos, opera uma colheitadeira de alta tecnologia.
“É tipo um vídeo game, não tem muito segredo ali dentro, a máquina só falta falar para você o que tem de fazer nela. A tecnologia é tão avançada que se você faz um erro, ela te avisa. E a gente tem que seguir a tecnologia, não pode ficar para trás, tem que estudar muito, eu sou muito feliz com o que faço”, afirma o jovem.
Segundo o líder da Climate Corporation na América do Sul, o nível de engajamento dos jovens é muito elevado. Há casos frequentes de produtor rural que escolhe o próprio filho para ser o responsável pela agricultura digital na fazenda.
