Depois de um recorde nas exportações de milho em 2015 (28,9 milhões de toneladas), o mês de janeiro começa com o pé no acelerador. Segundo a Brandalizze Consulting, neste mês o Brasil já embarcou por dia até 300 mil toneladas de milho, sendo que o normal para esta época seria de 60 mil toneladas.
Na média dos últimos cinco anos, as exportações brasileiras já aumentaram quase 10 vezes. E o crescimento não para por aí. A tendência é que para 2016 os embarques de milho continuem aquecidos, e o produtor que tiver o grão para vender deve conseguir boa remuneração.
Cerca de 50 países estão no destino do milho brasileiro. Entre os principais estão Vietnã, Irã e Indonésia. Segundo o analista Vlamir Brandalizze, o aumento na demanda por carnes (frango, ovos) tem aumentado a procura pelo milho brasileiro.
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Além da desvalorização do real frente ao dólar, o analista explica que dois outros fatores estão contribuindo para esse alto volume nas embarcações de milho.
O primeiro é o El Niño, que afetou a produção de milho e arroz em países da Ásia. O outro são as inundações no rio Mississippi, nos Estados Unidos, uma dos principais vias de escoamento dos grãos americanos. Por fim, os produtores argentinos estão retendo vendas na espera de melhores definições sobre câmbio.
No mercado interno, os poucos produtores que possuem o milho para vender estão fora do mercado. Ou porque estão mais preocupados em cuidar das suas lavouras ou porque ainda não voltaram da recessão de fim de ano. Há comprador, mas não há vendedores.
